O Governo do Estado decretou emergência em saúde pública com foco na prevenção e enfrentamento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente em crianças. O decreto, assinado pelo governador Eduardo Leite nesta segunda-feira, 19, será publicado no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira. Já foi anunciado neste mês pela Secretaria da Saúde (SES) um investimento de R$ 20,8 milhões na Operação Inverno Gaúcho, a serem aplicados na Atenção Primárias e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

A medida foi adotada diante do aumento expressivo de casos e da demanda nos serviços de emergência, com filas de espera, o que representa elevado risco à população. Segundo a secretária da Saúde, Arita Bergmann, a decisão busca fortalecer a rede hospitalar, com a preparação e disponibilização de leitos de UTI e suporte ventilatório.

Com o decreto, as redes hospitalares que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) devem priorizar medidas emergenciais para a oferta de leitos clínicos e de terapia intensiva voltados ao atendimento de casos de síndrome respiratória. A validade do decreto é de 120 dias, a contar da data de publicação.

De acordo com dados do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), divulgados no painel disponível em ti.saude.rs.gov.br/srag, o Rio Grande do Sul registrou neste ano, até esta segunda-feira, 4.099 hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Essas internações foram causadas por infecções como influenza (gripe), covid-19, vírus sincicial respiratório (VSR), entre outros. Do total de casos, 305 evoluíram para óbito. Entre as crianças menores de cinco anos, foram registradas 1.374 internações e 10 mortes.

Riscos e aumento nas hospitalizações

O documento destaca o risco de esgotamento da capacidade de resposta do sistema de saúde, especialmente na infraestrutura voltada ao atendimento pediátrico, o que pode levar à saturação do SUS. Esse cenário é agravado pela epidemia de dengue que também atinge o Rio Grande do Sul.

Fonte: Secretaria da Saúde