Pelo menos mais 216 escolas cívico-militares deverão ser implantadas em todo o Brasil até o final do ano que vem. O anúncio foi feito na quarta-feira, 24, pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro. Lançado em 2019, o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), previa a instalação de 200 educandário neste modelo até 2023. Conforme o Ministério da Educação (MEC), atualmente, 127 escolas estão em processo de adoção do modelo em 26 estados brasileiros. Em 2022, serão abertos processos de adesão para 89 novas escolas.
Conforme o ministro, a meta foi antecipada e a expectativa é encerrar 2022 com mais de 200 escolas cívico-militares em funcionamento no país. “Nós estamos, neste ano de 2021, antecipando a meta que seria alcançada somente em 2023, e teremos 216 escolas cívico-militares até o final de 2022”, afirma.
A declaração foi feita durante cerimônia, no Palácio do Planalto, para certificação de escolas cívico-militares que cumpriram o primeiro ciclo de implantação, de acordo com a metodologia estabelecida pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e pela Universidade de Brasília (Unb), conforme as diretrizes pedagógicas do programa. Essas escolas, que somam 46 no total, estão entre as que foram implantadas em 2020, e estão distribuídas em 20 estados.
Ainda, segundo Ribeiro, mais de 300 municípios aguardam em uma fila de espera para a implantação do modelo. Segundo ele, não será possível atender a todos até o final de 2022. Em Bento Gonçalves, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Borges Frota, no bairro Zatt, teve seu projeto aprovado, no entanto, aguarda a finalização do projeto em Brasília.
Entre os quesitos para participarem do Pecim, os educandários precisam ter entre 501 e mil alunos nos anos finais do ensino fundamental e do médio, além de atender aos turnos da manhã e tarde, além de ter alunos em situação de vulnerabilidade social e desempenho abaixo da média estadual no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Para a escola aderir, também é necessário que a comunidade escolar participe de uma consulta pública.
Foto: Divulgação/Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social