A fusão dos Democratas (DEM) e do Partido Social Liberal (PSL) foi aprovada por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral e, com isso, um novo partido será criado: o União Brasil. A sessão que definiu pela aprovação do estatuto junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ocorreu na terça-feira, 8 de fevereiro. Agora, a nova sigla será, por enquanto, a maior na Câmara dos Deputados. No entanto, isso pode mudar com uma possível debandada de deputados bolsonaristas que deverão filiar-se ao Partido Liberal (PL), atual sigla do presidente da República.
Agora, o DEM e o PSL terão 30 dias para apresentarem ao TSE todos os comprovantes que solicitam o cancelamento de contas bancárias dos respectivos partidos, bem como o cancelamento das inscrições junto ao Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).
Com a junção das duas siglas, o União Brasil deverá receber cerca de R$ 1 bilhão, relativos ao fundão eleitoral. Isso ocorre porque o partido terá, num primeiro momento, 81 deputados federais em exercício. A divisão de valores e tempo em propaganda eleitoral em rádio e TV também deverá ser uma das maiores. Além disso, o partido que será presidido por Luciano Bivar, do então PSL, terá oito senadores, três governadores, 129 deputados estaduais e 552 prefeitos.
A expectativa é de que, pelo menos 25 deputados federais já saiam da nova sigla para migrar ao PL de Jair Bolsonaro. Como ocorreu uma fusão de partidos, nenhum dos parlamentares que pedir sua desfiliação perderá o mandato, como prevê a lei da fidelidade partidária.
Em seu estatuto, a União Brasil se declara “social liberalista” e defende o papel do Estado como “regulador” da economia, focado em garantir à população serviços essenciais “como saúde, educação, segurança, liberdade, habitação e saneamento”.
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil