Um corredor de fumaça proveniente de queimadas na América do Sul volta a se formar, trazendo preocupação para a qualidade do ar no Rio Grande do Sul. Na quarta-feira, 18, a fumaça já atingia áreas do Sul do Paraguai e se direcionava para o território gaúcho, devendo chegar nas próximas horas. A previsão é que o fenômeno se intensifique ao longo desta quinta-feira, 19, antecedendo a entrada de uma frente fria na região.

O corredor de fumaça se estende por milhares de quilômetros, abrangendo uma vasta área que se estende desde a região amazônica até o Sul do Brasil, passando por países como Bolívia e Argentina. A origem principal da fumaça está no Sul da Amazônia e na Bolívia, onde os focos de incêndio têm se intensificado nas últimas semanas. Além disso, o Centro-Oeste brasileiro e o Paraguai também registram um aumento significativo nas queimadas.

Esse fenômeno atmosférico é transportado por uma corrente de jato em baixos níveis, a cerca de 1.500 metros de altitude, que canaliza o ar quente e seco da região amazônica para o Sul do Brasil. Essa corrente de vento, ao se mover para o território gaúcho, traz consigo o material particulado da fumaça, resultando em uma deterioração na qualidade do ar. Especialistas alertam que, apesar de não se esperar uma quantidade de fumaça tão elevada como a observada em episódios anteriores, os índices de qualidade do ar podem variar de moderados a ruins em algumas áreas.

Com a chegada da fumaça, a população do Rio Grande do Sul deve se preparar para possíveis desconfortos respiratórios, especialmente aqueles com condições preexistentes, como asma e bronquite. É recomendado que as pessoas evitem atividades físicas ao ar livre e que mantenham ambientes ventilados, mas com cuidado para não deixar entrar a fumaça.

Foto: Renata Mello Franco / Reprodução