Segundo a OMS, aproximadamente 50% dos jovens (entre 12 e 35 anos) corre o risco de perder audição por seus hábitos de escuta com fones de ouvido: pouco mais de um bilhão de pessoas, principalmente de países desenvolvidos.
Os sons fortes podem causar surdez ou perda de audição porque danificam células especializadas da cóclea, uma parte muito sensível do ouvido interno. Cada um de nós nasce com um total de 20.000 a 30.000 células receptoras do som, e com essas temos de viver a vida inteira.
Quanto mais alto estiver o volume e maior for a duração do som, pior será a deterioração. Por isso, os especialistas recomendam limitar tanto a intensidade como o tempo de escuta.
Proteção e prevenção
Há opções para se proteger. Vários especialistas citam a regra 60-60: não ouvir música com fones de ouvido por mais de uma hora em volumes acima de 60% – os reprodutores costumam chegar a 105 decibéis. É fácil seguir essa regra em casa e em lugares tranquilos, mas não em ambientes barulhentos. Nestas situações, o recomendado são headphones com cancelamento de ruído. Embora os fones intra-auriculares não sejam intrinsecamente piores para a saúde auditiva do que os que cobrem toda a orelha, eles proporcionam um isolamento acústico menor, e por isso o especialista desaconselha seu uso.
Em locais de entretenimento e em eventos barulhentos, a recomendação é usar protetores de ouvido. Os convencionais, de cera ou silicone, dificultam a comunicação porque bloqueiam principalmente as frequências altas, mas existem outros, assinala Jorge Marcos, um percussionista de 23 anos que está fazendo mestrado em Tecnologias do Som na Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona. Ele vai a shows e bares com protetores reutilizáveis “de alta fidelidade”, que atenuam todas as frequências. “Eles reduzem o volume ambiente e você ouve um quarto do som original”, diz Marcos. “Custam 15 euros [68 reais] na internet, podem ser lavados e considero que são um bom investimento”, acrescenta. “Estamos acostumados a comprar protetor solar; esta é outra forma de proteger nossa saúde”.
Fonte: El Pais