A agonia envolta do desaparecimento do menino Rafael Mateus Winques, de 11 anos, acabou no início da noite de segunda-feira, 25, quando a Polícia Civil encontrou o corpo enrolado em um lençol, dentro de uma caixa, em uma casa abandonada, próximo à residência onde a vítima morava. Rafael foi morto pela própria mãe que confessou o crime à polícia. Ele estava desaparecido desde o dia 15 de maio.
Em depoimento, a autora do crime disse que a morte teria ocorrido após ter aplicado um medicamento no menino. Segundo a mãe, o remédio aplicado serviria para que Rafael dormisse após passar noites em claro, jogando no celular. Segundo ela, Rafael era muito nervoso e a morte teria sido ocasionada acidentalmente.
Antes de confessar a autoria do homicídio, a mãe relatava aos policiais que não sabia como a criança teria desaparecido. A busca pelo garoto iniciou ainda no dia 15 deste mês. A Justiça já determinou a prisão preventiva da autora confessa do crime.
O pai de Rafael, que reside em Bento Gonçalves, informou, em entrevista a uma emissora de rádio do município de Planalto, que ficou sabendo do desaparecimento do filho, através do padrasto da criança. Rodrigo Winques, estava acompanhando as investigações desde o sumiço do filho, no dia 15. “Eu havia voltado do serviço na roça e vi o celular tocando com a foto do meu filho. Quando eu fui atender disse: oi filho, tudo bem? Aí o padastro disse: oi, nada! Teu filho sumiu. Ele não está aí com você? E eu disse que não. Quando começou a movimentação eu peguei e vim para cá (Planalto)”, disse.
Winques disse que o relacionamento com o filho era tranquilo. “Nós nos dávamos super bem. A última vez que eu o vi foi pouco depois do início desse coronavírus. Quando eu cheguei aqui, sentia que algo de ruim teria ocorrido com o filho”, revela. O pai acredita que mais pessoas estejam envolvidos no crime.
Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação