Há menos de um mês para o início da 9ª edição da Feira de Negócios, Tecnologia e Conhecimento em Meio Ambiente, as equipes da Fiema Brasil e da Fundação Proamb, responsável pela organização do evento, focam últimos detalhes e preparativos para atingir o sucesso almejado. Depois de duas mudanças de data, devido à pandemia da Covid-19 que foi decretada um mês antes da realização, em abril de 2020, a expectativa é de que ocorra um encontro de excelência, com expositores exibindo suas marcas, produtos e serviços direcionados a questões ambientais, nos corredores do Parque de Eventos, de 9 a 11 de maio. Além de uma valiosa programação voltada ao conhecimento no FiemaCON.
As novidades, dificuldades, conquistas e visões a respeito do assunto estão a seguir, na entrevista com o presidente da 9ª Fiema Brasil, Jonas Foresti Brevia.
Novidades
A Fiema Brasil vem com novidades na programação de sua 9ª edição – uma delas é a inédita Arena das Startups. “A tecnologia ajudou o evento a se tornar a maior feira ambiental do sul do Brasil ao apresentar, através do conhecimento, soluções em sustentabilidade para diferentes necessidades industriais. Agora, esse preceito aparece na forma de um espaço temático que traz inovações e empresas com visão de futuro”, diz.
A dinâmica do evento prevê painéis, talks e duas grandes atrações. Uma delas são as batalhas de startups, também chamadas de “like a boss”, e os pitch inversos, quando as empresas apresentam seus desafios para buscarem soluções entre as startups participantes do evento.
Tradicional na agenda da Fiema, mas com conteúdos que se renovam a cada edição, o FiemaCON traz temas para discussão em quatro seminários (7º Seminário Brasileiro de Gestão Ambiental na Agropecuária; 6º Seminário de Segurança do Trabalho; 3º Seminário de Energias Renováveis; e o 1º Seminário de Construções Sustentáveis, estreante da programação), no 7º Congresso Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente, no 1º Simpósio Gaúcho de Recuperação Energética de Resíduos Sólidos Urbanos e no 5º Meeting Empresarial.
A programação do FiemaCON está sendo montada para ampliar a participação do público em seus eventos, de modo a incentivar a ampliação do debate em torno dos temas de cada um deles. Cada seminário será composto por dois painéis com duração de 90 minutos cada um. Após as apresentações, os palestrantes permanecem no palco para uma mesa redonda entre si e com perguntas e comentários do público, fomentando um debate aprofundado sobre o tema do painel. “A agenda está muito completa e intensa, o que deverá atrair os olhares de empresários e gestores na área ambiental, professores, alunos e demais interessados no tema”, destaca Brevia.
Brasil que dá certo
A agenda de trabalhos do FiemaCON da Fiema Brasil abre com o 5º Meeting Empresarial, trazendo o tema “Brasil que dá certo: Sobrevivência e Sucesso”. No palco, Marco Dorna, presidente da Tetra Pak no Brasil; José Antônio Ribas Júnior, diretor executivo de Agropecuária e Sustentabilidade da JBS/Seara; e César Saut, vice-presidente Corporativo da Icatu Seguros; além do argentino Mario Weitz, consultor do Banco Mundial e também conselheiro do Fundo Monetário Internacional e professor da ESIC Business & Marketing School na Europa, via remota. “Esse encontro é direcionado para o empreendedor que faz a gestão do negócio, com informações essenciais para utilizar no planejamento estratégico”, conta o presidente.
A inclusão do Meeting Empresarial cumpre papel importante no propósito do evento. “A Fiema deve e precisa ser vislumbrada pelo cenário empresarial. Por isso que a feira traz, além da exposição das novidades em alta no mercado, muito evidenciada a relação com o conhecimento. O evento é uma ponte para que as empresas acessem o mercado gaúcho, atraindo grandes marcas e projetando a construção de relacionamentos e negócios no evento. Neste ambiente, a ciência também se sobressai com a programação do FiemaCon”, explica.
Educação Ambiental
Com a bagagem de ter comandado as duas últimas edições do Seminário de Segurança do Trabalho, em 2018 e 2016, Brevia acredita na promoção da educação ambiental em casa, na empresa e na comunidade. “Precisamos expandir a ideia de que a gestão ambiental é fundamental não apenas para as empresas, mas para a sociedade como um todo. Somado a isso, é necessário mostrar, por meio do acesso ao conhecimento, que existem inúmeras oportunidades de negócios e de desenvolvimento sustentável, com ganhos econômicos e sociais imensuráveis. Esse processo passa, necessariamente, pela adoção de práticas eficientes de gestão ambiental, ou seja, a matéria-prima da Fiema Brasil”, avalia.
Priorizar o conhecimento é importante porque, na opinião dele, muitas situações relacionadas a práticas ambientais inadequadas ocorre por falta de informações. “Cada vez mais as pessoas vêm sendo inseridas em um contexto de aprender como lidar e como boas práticas sócio-ambientais, prova disso é o crescente espaço ocupado pelo conceito de Environmental, Social and Governance (ESG) nas empresas. As organizações são as grandes responsáveis por dar esse exemplo”, aponta.
Outro movimento fundamental é o de fazer essas orientações chegarem até a população. “Tudo dever girar dentro de uma sustentabilidade. Precisamos reutilizar e reaproveitar mais, para que isso não se torne um problema ainda mais grave nas mãos desta ou das próximas gerações. Cabe a nós termos essa consciência”, ressalta.
Logística Reversa
Negócios e sustentabilidade precisam andar juntos – e a Fiema faz muito bem a conciliação entre sustentabilidade, inovação e mercado. A feira oferece infraestrutura, amplo espaço e instalações adequadas para empresas e instituições interessadas em apresentar soluções ambientais, tecnológicas e inovadoras em relação a resíduos, águas, efluentes, energia, construções sustentáveis, ciência e tecnologia e segurança do trabalho.
Nesse sentido, também tem como um de seus focos principais a economia circular. “Dentro deste tema, entendemos a questão de poder utilizar e reutilizar cada vez mais os materiais. Creio que a sociedade, neste ponto, esteja evoluindo. Existe uma tentativa de conscientização da população e muitos movimentos eficientes nesse sentido. Para as empresas, pesa muito a questão da rentabilidade associada a economia circular, e a oferta de benefícios e facilidades para quem atender a essas determinações pode ser, sim, grande incentivo para expandir esse processo de melhoria”, diz.
Consciência coletiva
A Fiema Brasil faz parte de um movimento que a Fundação Proamb, responsável por sua realização, vem colocando em prática há mais de 30 anos: o propósito de deixar um mundo melhor para as pessoas e pessoas melhores para o mundo. “Elas são a chave da mudança. Tudo que diz respeito ao meio ambiente parte da conscientização de cada um (dentro e fora das empresas): economizar, racionar, reutilizar, não desperdiçar. É preciso achar soluções, investir nisso – e a Fiema Brasil vem sempre com esse propósito de incentivar a gestão ambiental. É muito desafiador conduzir um trabalho de tamanha relevância, coligado a um objetivo macro, que é o de consolidar Bento Gonçalves e o Estado do Rio Grande do Sul como um polo ambiental de referência no cenário nacional”, afirma.
Fiema x Pandemia
A última edição da feira foi em 2018 – cinco anos atrás. “Estávamos às vésperas do evento quando tudo parou. Tivemos que entender a situação e nos adequarmos a ela. A pandemia foi sendo analisada por dois anos. A Fiema também. Isso nos permitiu redefinir um formato de feira muito melhor ajustado à nova realidade”, adianta.
Muitos expositores da época estarão confirmados para a programação que inicia em maio, além de novos participantes. “A pandemia freou, mas trouxe mais empolgação para o evento que iremos realizar agora”, frisa.
Como participar
A Fiema Brasil é aberta gratuitamente à visitação, direcionada a profissionais da área e também à comunidade (acesso a pessoas maiores de 16 anos). “Para participar, basta entrar no site da Fiema (www.fiema.com.br), realizar a inscrição como visitante e retirar a credencial no acesso aos pavilhões.
Para alguns eventos, como os seminários, as palestras, o Congresso, é necessário adquirir ingresso, cada um com um valor específico. A programação inicia às 9h e encerra às 20h, sendo que a parte da manhã é mais destinada aos eventos técnicos, de conhecimento. A inscrição também pode ser feita na hora, no local”, finaliza o presidente.
Texto: Mônica Rachale