Bento-gonçalvense Eduardo Valduga conquistou a 9ª colocação na competição, que reuniu cerca de 70 pilotos brasileiros no litoral gaúcho
Entre os dias 27 de abril e 1º de maio, o município de Torres sediou o 33º Festival Internacional de Balonismo. O evento, que já se tornou uma tradição na cidade e atrai visitantes de todo o mundo, contou com a participação de cerca de 70 pilotos, que coloriram o céu do litoral com seus balões durante os dias de atividade. Um deles foi o bento-gonçalvense Eduardo Valduga, que conquistou a 9ª colocação na competição.
Os pilotos e suas equipes enfrentaram desafios emocionantes, demonstrando habilidades e técnicas aprimoradas, contribuindo para um espetáculo único e memorável. Para Valduga, participar de um evento desta magnitude e poder representar a região em um dos principais festivais de balonismo da América Latina é um orgulho. “É meu segundo ano participando e fiquei entre os dez melhores pilotos do Brasil. Muito mais que a premiação e a colocação, o mais importante foi representar a Serra Gaúcha e levar o nome de nossa cidade para todo o país”, ressalta. Ele conta que para participar da competição, é necessário ser convidado. “Não tem como fazer inscrição sem um convite. Então, todos os pilotos que estavam lá eram de alto gabarito”, aponta.
As provas
Durante os cinco dias de festival, diversas provas foram realizadas, como a Caça à Raposa, Prova da Chave e Flyin, por exemplo. “Elas acontecem normalmente na primeira hora da manhã, em competições que estão atreladas à navegação. Cada uma delas tem características e processos diferentes, como a melhor marca, o melhor gol, a melhor navegação, entre várias outras. Hoje, o Festival de Torres tem uma história internacional. Ele abriga competidores da Argentina, do Chile e de outros países. É o maior evento do ramo da América Latina”, revela.
Muito mais do que um festival ou uma competição, a atividade é uma troca de conhecimento. “Principalmente para mim, é um grande aprendizado, pois você está conversando com pessoas que já estão há décadas no Balonismo, claro, voando à medida de sua capacidade aeronáutica permitida. Então, estar com eles e poder dividir informações e compartilhar o que a gente sabe é muito importante”, salienta.
Para ele, além do aprendizado obtido, um dos maiores orgulhos foi representar o município que tanto ama, suas raízes e tradições, bem como a região. “Nas competições, o público que estava acompanhando levantava da arquibancada para aplaudir e quando a gente passava em determinados locais, as pessoas falavam: ‘olha, é o menino da Serra Gaúcha’. Então, julgo que esse é um reconhecimento importante e muito emocionante. Me senti orgulhoso por ser gaúcho, da Serra Gaúcha, imigrantes italianos e, sem dúvida, o primeiro piloto da região”, pondera.
A história com o balonismo
A paixão por voar iniciou ainda quando Valduga era criança. “Talvez é a maior paixão da minha vida”, resume. “Há muitos anos estou envolvido com os clubes na aviação. Mas o pontapé inicial para a minha trajetória com o balonismo foi quando participei de uma feira nos Estados Unidos e vi o balão. Para mim, ele era algo mágico, romântico e naquele momento achei interessante trazê-lo para a Serra Gaúcha, que é um lugar onde o romantismo e o vinho estão em alta e se encaixam bem”, salienta.
Com isso, o colorido do balão encanta turistas e munícipes de Bento Gonçalves, principalmente quando é realizado o Festival de Balonismo do município. “Fui o primeiro piloto de balão da Serra Gaúcha, a Casa Valduga foi a primeira vinícola a participar desse mundo e logo em seguida entramos na promoção de trazer, junto com amigos, o Festival de Bento Gonçalves. Desta forma, quisemos motivar outras empresas a investirem também no balão como forma de fomentar o turismo, trazer marcas e novas experiências à nossa região. A Capital Nacional do Vinho vai sediar pelo quinto ano essa atração, comandada pelo piloto Ricardo Lima que também é um dos grandes nomes do balonismo, com o intuito de consolidar cada vez mais a nossa região neste segmento”, conclui.