Com mais de 500 ingressos vendidos, comunidade se fez presente na paróquia, em demonstração de fé e comunhão

No domingo, 18, a Paróquia São Roque, situada na região norte de Bento Gonçalves, foi palco da 68ª edição da Festa de São Roque, reunindo centenas de fiéis para um dia marcado por devoção, confraternização e tradição. A paróquia, criada em 26 de janeiro de 1956, abrange 19 comunidades urbanas e rurais.

A celebração teve como ponto alto a missa, realizada às 10h30, presidida pelo Bispo Dom José Gilson, juntamente com os padres Moacir Canal e Adelar Zanetti. A celebração, que reuniu uma multidão de fiéis, foi um momento de profunda fé e união, refletindo o lema deste ano: “São Roque, concedei-nos saúde e amizade fraterna.”

Após a missa, os participantes se dirigiram ao salão paroquial para o tradicional almoço festivo, que contou com um cardápio típico da região e o sorteio de uma rifa e cestas coloniais. A procura pelos ingressos foi tão alta que todos foram vendidos antes do dia do evento, garantindo a casa cheia. “Sabíamos que sempre há um grande público, mas este ano, a procura pelos ingressos foi especialmente alta,” comenta o padre Moacir Canal. “O sentimento de reunir a comunidade para uma celebração tão especial é de alegria e festa. É um momento de encontro, celebração do santo, mas também de convivência entre as pessoas”, conclui.

Os festeiros deste ano, Valdecir e Mônica De Mari, Claimar e Sandra Zonta, Antônio e Lenita Pedrotti, Jailton e Soeli Morreira Leite, e André e Daiane Santana, enfrentaram um ano de desafios, especialmente devido às recentes enchentes que afetaram a região. “Este ano, apesar das dificuldades, como a maior catástrofe que nosso Estado já enfrentou, fomos inspirados por São Roque a levar conselhos, palavras de ajuda e solidariedade”, conta Daiane.

André Santana destaca a importância da união entre os membros da comunidade na organização do evento. “Somos um grupo unido, graças a Deus. Embora sempre haja algumas divergências, no final, tudo se resolve. Discutimos as melhores ideias e a melhor forma de agir, mas a maior parte das coisas já segue um protocolo que vem sendo usado há anos”, explica. Sua esposa, Daiane, acrescenta. “A festa é uma tradição forte aqui, e nós somos apenas um símbolo para que ela aconteça. Quem realmente faz a comemoração é o povo, a fé e a esperança das pessoas”, comenta.

Além da organização, o evento também foi um momento de expressar a devoção e a fé em São Roque. Odete Marini, devota há 40 anos, compartilhou sua experiência: “Tenho uma devoção muito forte a São Roque, especialmente por ele ser o protetor dos doentes. Passei por problemas de saúde e precisei muito de sua intercessão. Rezei com muita fé, e graças a Deus, minha cirurgia foi um sucesso. Desde então, minha devoção se fortaleceu ainda mais”, conta.

O sentimento de gratidão foi um tema recorrente entre os participantes e organizadores. “Quando chegamos, fiquei no palco observando a multidão e senti uma enorme gratidão,” relata o festeiro André Santana. “É incrível ver todo mundo trabalhando com tanto amor e carinho, sem buscar autopromoção, apenas para contribuir com a igreja e ajudar os mais necessitados”, diz. Daiane complementa. “As festividades, como esta, têm um papel importante em angariar fundos para a comunidade, e é por isso que trabalhamos para ajudar o próximo, mesmo que seja com pequenas contribuições que, juntas, fazem uma grande diferença”, conclui.