VALE relatar, que durante o afastamento do Engº Agro. Loreno Augusto Gracia, é realizada a festa de Bodas de Diamante do Município, oportunidade em que é oficialmente iniciada a promoção Fenavinho, tendo como parte dos festejos, foi lançada a pedra fundamental dos pavilhões, no local onde se encontra o Estádio Municipal, AVENIDA Presidente Costa e Silva.
Mal terminam os festejos, o Prefeito Municipal, Milton Rosa, é acometido de pertinaz moléstia e vê-se obrigado a afastar-se do Poder Executivo Municipal, isto em 06 de novembrp de 1965, assumindo seu posto o então vice-Prefeito, o conceituado médico, Dr. Ervalino Plácido Bozzetto, que após entendimento com a Diretoria Executiva, resolveu adquirir, uma área de terra de aproximadamente 220.000 metros quadrados de Irmãos Grando, visto que os estudos então realizados não aconselhavam a construção do Parque da Fenavinho,no local do lançamento da pedra fundamental, por ser uma área bastante diminuta, o que dificultava sua expansão no futuro.
No período de 06 de novembro de 1965 a 05 de setembro de 1966 assumiu o vice-Prefeito, Dr. Ervalino P.Bozzeto, que ao adquirir a área de terra assinou o ato administrativo dos mais importantes, com o aval em seu nome, isto é, como avalista do negócio.
Nesta época,havia em Bento Gonçalves um padre com posicionamentos muitos fortes, de expressiva liderança e comando comunitário: O Padre Ernesto Mânica. Austero e disciplinador, o Padre Mânica teve um papel muito importante no desenvolvimento de Bento Gonçalves. E, diante de todas as comemorações e já se passava mais um ano, o Padre foi ao Prefeito propondo a renovação da diretoria da festa a partir de pessoas que tivessem disponibilidade para levar adiante o projeto. “Mas quem”? Perguntou o Prefeito. “Eu sei quem poderia presidir a festa”, respondeu o Padre. E na mesma hora resolveu levar o Prefeito até a Indústria de Massas Alimentícias Isabela. Sem pedir licença entrando na sala de Moysés Luiz Michelon que, naquele tempo, era um gerente conceituado da empresa bem organizada e fazia parte da diretoria de Gracia. Moysés foi de fato surpreendido naquela tarde com o Padre e o Prefeito entrando de repente na sua sala. E estava assim, escolhido o novo Presidente da Primeira Festa Nacional do Vinho, em maio de 1966.
Em poucos meses, Prefeitura e Diretoria começaram praticamente do zero, após a compra do terreno para construir um pavilhão. Foi preciso antes de tudo escolher a área, negociar, para depois organizar toda a festa, expositores, divulgação. Tempo para tudo: seis meses! Que desafio!
A Diretoria Executiva estava assim constituída: Presidente Moysés Luiz Michelon; vice-Presidente, Luiz Matheus Todeschini; Tesoureiro Dorvalino Pozza; 2º tesoureiro, Gentil T. Pompermayer; secretário, Mário Morassútti; 2º secretário, Pedro Koff.
Os representantes do DAER- Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem- Primeiro Batalhão Ferroviário, entidades de classe e o próprio Prefeito Municipal, assumiram por sua vez o compromisso de colaborar efetivamente com a Diretoria Executiva para a concretização do Evento.
Os operários e a comunidade em geral trabalhavam dia e noite. Aos domingos, as obras paravam para a chegada do Padre Mâneca que lá ia rezar a missa aos trabalhadores. A maioria eram voluntários. Não podiam parar naquela corrida contra o tempo.
A cidade, o envolvimento estava cada vez maior. Toda a população começou a arrumar suas casas, pintar, reformar, embelezar jardins e ruas a fim de receber as autoridade e visitantes.
Em 25 de fevereiro, a cidade de Bento Gonçalves recebia, pela primeira vez em sua história, a visita de um Presidente da República, o Marechal Hum Berto de Alencar Castelo Branco que, acompanhado pelo então chefe da casa civil Ernesto Geisel(Bento Gonçalves) inaugurou oficialmente a I Festa Nacional do Vinho, tornando realidade um sonho acalentado por toda a população bento-gonçalvense. A I FENAVINHO, foi realizada de 25 de fevereiro à 12 de março de 1967.