Eu penso e tento de tudo para que o ano novo e as pessoas sejam melhores, mesmo que em alguns pontos eu desacredite que a humanidade em si busque evolução.
São tantas notícias ruins que é difícil se manter em pé, com a saúde mental e física em dia.
Somos alarmados diariamente com um disparo de notícias que me faz desejar viver em tempos passados, como meu avô, que vivia distante de qualquer possibilidade de comunicação com alguma sociedade.
Seja no caso do envenenamento do bolo com arsênio, seja pelas queimadas nos Estados Unidos, pelas más administrações políticas e crises econômicas, pela guerra persistente, pelas doenças, violência, falta de investimento em saneamento, saúde, segurança, educação, enfim…
O maior desafio parece ser conseguir viver em um estado de espírito tranquilo, sem grandes preocupações ou ansiedade, mas como gerenciar isso se somos bombardeados a todo momento por informações em massa?
No momento, por exemplo, estou sentada na sala de espera de uma emergência aguardando minha mãe. Mas podia ser eu. Um tio. Amigo. Filho. Parente. O pronto socorro está lotado com gripes, Covid, pneumonia, viroses, entre outros casos mais urgentes.
A gente tenta respirar ar puro, mesmo morando ao lado de grandes indústrias, tentamos colher fruta no pé, mesmo com altas quantidades de agrotóxicos, mantemos uma alimentação equilibrada sem saber de onde vêm os alimentos. A gente respira, medita, reza, lê para relaxar, mas é engolido pelas redes e mídias sociais.
A gente só vê notícia triste. Vivemos em uma ansiedade coletiva. Desde a pandemia, é só tragédia. Saúde mental, enchentes, queimadas, mortes. Todo mundo vive, no subconsciente, em pânico.
O que podemos fazer são tomar pequenas medidas para fortalecer nossa imunidade – física e mental. Eu, que não sou exemplo pra ninguém, procuro fazer assim: dormir e me alimentar bem, limitar o uso de rede social para 1h diária no máximo, ler um pouco, sorrir e conversar com amigos, aproveitar o tempo que tenho com a família, respirar ar puro, brincar com animais, mexer na terra, comer fruta.
Eu sei que isso pode significar pouco ou nada, afinal perdi meu pai saudável e jovem de repente, mas a qualidade de vida, assim, pode aumentar. Eu busco fazer as coisas bem e com prazer, como quem desfruta até a última mordida, de uma amora recém tirada do pé, bem madura.
Se o mal contagia, então vamos espalhar o bem, pois ele se propaga de igual forma também. Tente sorrir, ver o mundo por um ângulo diferente, se abrir pro novo, fazer o ano ser um pouco diferente, propiciar às pessoas ao seu lado para que se sintam um pouco mais felizes com a sua presença. Para que seja um ano melhor, faça acontecer um ano melhor! Comece por você!
OBS: a minha mãe ficou bem e o médico foi um dos meus melhores alunos no Ensino Médio em Redação. Que bom que naquela ocasião eu dei o meu melhor! Ele também deu o seu melhor para atendê-la.