Farrapos e Poli são as duas principais referências do Rugby no Brasil. As duas equipes, que fizeram a grande final do Super16 no passado, voltam a se encontrar, agora no Super13 e na semifinal. Um embate de gigantes, hoje à tarde, às 16h30min, em São Paulo.
Os bento-gonçalvenses têm algumas missões para hoje. A primeira e principal delas é buscar a vitória para chegar a decisão do Super13. Caso isso aconteça será a terceira consecutiva que o Farrapos estará na final, algo inédito para rugby gaúcho e para o clube.
A segunda, e não menos significativa, é manter a vantagem no retrospecto diante dos adversários, atualmente de 2 a 1. Os triunfos foram obtidos nos dois jogos em 2017, 50 a 5 na fase classificatória e 34 a 23, nas quartas de final.
Favorável aos paulistas está a decisão do ano passado, quando em plena Montanha venceu por 30 a 25. Uma dura derrota e que tornou os bento-gonçalvenses mais fortes.
Por isso, internamente os atletas não tratam o jogo de hoje como uma revanche, como revela o experiente e que esteve em campo no último embate, Guilherme Coghetto. “Não levamos como revanche. Cada jogo tem sua história e a final do ano passado ficou para trás”, menciona.
Com relação a postura por atuar fora de casa, Coghetto revela que nada mudará. “Esperamos um jogo tão ou mais difícil do que a final de 2018. A Poli têm jogadores de seleção, mas por outro lado o Farrapos tem personalidade forte dentro do campo, além de muita qualidade em todas as posições, que se soma ao trabalho e ao prazer de jogar. Acreditamos na nossa forma de jogo”, valoriza.
Para a reedição da final de 2018, o Farrapos, do técnico Javier Cardozo, não poderá contar com Facundo Flores, que está suspenso pelo terceiro cartão amarelo.
Assim como o Farrapos, a Poli descarta qualquer clima de rivalidade ou revanche. Para o técnico Maurício Carli, a expectativa é além das equipes. “O Rugby e quem gosta dele está esperando esse reencontro porque hoje está tão competitivo, chato em alguns momentos e com egos enormes. É sempre bom estar com o Farrapos, é um jogo honesto, e no meu entender, isso está valendo acima do resultado final”, relata.
O técnico da Poli pode ter até oito desfalques para a semifinal. Seis deles devido a convocação para um amistoso da seleção brasileira contra Portugal, hoje à tarde, em São Paulo. Os demais por outros problemas.
A chamada de vários atletas para seleção em meio ao torneio nacional deixou Carli indignado “Esse não é meu time. A mesma coisa aconteceu na semifinal do Paulista. Acho péssimo, horroroso, porque se forma atletas, se gasta dinheiro e acaba sendo para nada. Faltou bom senso da Cbru, que argumenta que os times aceitaram o calendário. Mas não se sabia desse amistoso, ainda mais na mesma data. As entidade não pensa no campeonato brasileiro e sim, apenas na seleção, não nos clubes, infelizmente esse é o cenário”, crítica.