As lágrimas dão lugar a um tímido sorriso quando Marisa Sanches Rodrigues, 35 anos, lembra de momentos vividos na companhia do irmão Daniel Fleck Sanches, vítima de homicídio no dia 11 de junho de 2011. O responsável pelo crime foi a Júri Popular na quinta-feira, 16 de junho.
Alegre e uma pessoa que gostava muito de crianças e pai de duas meninas assim era definido Sanches pelos familiares e amigos. Presença garantida nas festas da família e dos amigos era considerada uma pessoa divertida. “Ele era responsável por animar a todos. Nas confraternizações brincávamos que não era necessário contratar ninguém para animar, pois ele estaria presente. Quando o meu filho fazia aniversário, os amigos ficavam em sua volta”, comenta. O sobrinho o chamava carinhosamente o seu padrinho de “pai”, e hoje ele sente a ausência de Sanches.
Definido como filho amado pela mãe, dona Terezinha Sanches. “Meu pedacinho do coração foi morto brutalmente”, desabafa, enquanto aguardava o início do júri acompanhada por demais familiares e amigos que estavam vestidos de com camisetas brancas com a fotografia da vítima e com pedidos de Justiça. O caminhoneiro residia no bairro Cohab na época que foi assassinado.
Todo o sofrimento e dor teve um novo capítulo na quinta-feira, quando o autor do disparos, o agricultor Natalino Basso, 69 anos, foi julgado após quatro anos e onze meses de espera. Entre as angústias da família, está que o réu não foi preso após cometer o crime, apenas prestou depoimento e foi liberado. O acusado era conhecido da família Sanches em virtude de ser companheiro de uma das tias, e o crime ocorreu em sua residência na Linha Brasil.
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