O governo do Rio Grande do Sul informa que acelerou as obras de recuperação da infraestrutura das escolas estaduais, mas parte dos projetos está paralisada por falta de mão de obra. Dos 187 estabelecimentos com intervenções em andamento, 17 estão com as obras suspensas, o equivalente a 9,1% do total.

Em agosto foram destinados R$ 58 milhões para 51 manutenções iniciadas por meio da Contratação Simplificada. Em abril de 2023, no início da atual gestão, havia 93 obras em execução, das quais 60 estavam paradas (64,5%).

As intervenções paradas estão localizadas em Arroio do Meio, Arroio Grande, Canguçu, Carlos Barbosa, Cristal, Jaguarão, Porto Alegre, Rio Grande e Venâncio Aires.

A escassez de trabalhadores é apontada também em outros Estados. Levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indica que a falta de mão de obra qualificada é hoje a principal limitação para o setor da construção no país.

Segundo Ricardo Portella, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), a necessidade de reconstruir estruturas danificadas pelas enchentes e o aumento dos investimentos públicos no Rio Grande do Sul ajudam a explicar a dificuldade em contratar. Ele calcula que a construção pesada no Estado precise de cerca de 5 mil trabalhadores, demanda puxada em parte pelos recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs).

Foto: Catia Fernanda Oliveira Mutzenberg/SOP