Uma perícia genética confirmou a identidade da mulher assassinada e esquartejada em Porto Alegre em agosto. Partes do corpo foram encontradas em 20 de agosto dentro de uma mala no guarda-volumes da rodoviária da Capital. Segundo o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, a vítima é Brasília Costa, 64 anos, conhecida como Bia.
Natural de Arroio Grande, no sul do Estado, Brasília vivia na zona norte de Porto Alegre e trabalhava como manicure em salões de beleza.
De acordo com o delegado Mario Souza, diretor do DHPP, a vítima tinha iniciado um relacionamento com o principal suspeito, Ricardo Jardim, há cerca de cinco a seis meses. Ambos estariam vivendo juntos em uma pousada. “Ela mantinha uma vida normal, não tinha inimigos perceptíveis, tinha boa conduta na região. Assim como ele, também não havia chamado atenção. Era comunicativo, inteligente, não levantava suspeitas, apesar do histórico já existente”, afirmou Souza.
Ricardo Jardim, 66 anos, publicitário, foi preso de forma preventiva na última quinta-feira (4). Ele tem histórico criminal: em 2015, foi detido por matar a própria mãe e ocultar o corpo concretado em um móvel no apartamento dela, no bairro Mont’Serrat, em Porto Alegre. Em 2018, foi condenado a 28 anos de prisão pelo crime.
No início de 2023, Jardim obteve progressão de regime e, no começo deste ano, foi considerado foragido. A polícia investiga se Brasília foi morta no quarto da pousada onde o casal vivia.