Na segunda-feira, 17, o governador em exercício José Paulo Cairoli e o ministro da Saúde, Ricardo Barros, assinaram a portarias que estabelecem a liberação de recursos para o bloco da atenção de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar de municípios do Rio Grande do Sul. Bento Gonlçalves receberá anualmente do Governo Federal o montante de R$ 3 milhões para destinação à UPA, R$ 236.669,04 para serviços de alta e média e complexidade em terapia nutricional, enteral e parenteral e R$ 559.144,96 para leitos de UTI Pediátrica.
Os recursos foram liberados para cinco UPAs, incluindo a de Bento Gonçalves, e entidades filantrópicas da área, incluindo o Hospital Tacchini. Conforme o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a medida foi possível graças a ações adotadas pelo Governo Federal que geraram uma economia de R$ 1 bilhão nestes primeiros meses de gestão. Para os 23 municípios gaúchos contemplados com a verba serão destinados mais de R$ 30 milhões, sendo R$ 18,1 para 25 entidades filantrópicas, incluindo hospitais e santas casas, e mais R$ 12,3 para o custeio de cinco UPAs. Somente Bento Gonçalves e Sapiranga foram contemplados com dois convênios.
O secretário da Saúde, Enio de Paris, garante que a portaria assinada pelo Estado pode auxiliar o município à colocar em dia os pagamentos dos funcionários que estavam atrasados. “Nos será dado mais de R$ 3 milhões anualmente. Claro que essa quantia vem para nos ajudar a sair do vermelho, mas em momento algum foi citado sobre o pagamento da dívida que o Rio Grande do Sul está para com o município nesta área”, ressalta De Paris.
A busca do equilíbrio econômico é a meta do secretário a partir dessa liberação de novos recursos. “Tivemos um empenho muito grande. Buscamos juntamente com o Estado e a União esse dinheiro. Vamos conseguir auxiliar o Tacchini e a UPA a partir de agora de uma forma mais tranquila”, finaliza de Paris.
Semanário relatou dívida de R$ 1 milhão
Na última edição do Semanário, 15, o Secretário de Saúde, Ênio de Paris, informou das dificuldades do município em pagar corretamente a folha dos funcionários, devido a dívida de R$ 1 milhão do Estado com a Capital do Vinho. Foi disponibilizado pela Famurs um documento para auxiliar os municípios no fechamento de contas. A informação contém a dívida que o Governo do Estado tem com os municípios gaúchos na área da saúde. Ao todo, o governo estadual possui R$ 277 milhões em atraso desde 2014 até junho de 2016.
Em entrevista o secretário garantiu que o valor que o Rio Grande do Sul e a União devem para a Capital do Vinho vai além do que foi relato pela Federação. “Só da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) o Estado deveria ter nos pago, nos primeiros três meses, R$ 600mil, mas hoje o valor chega a R$ 3 milhões. Já de recursos Federais deveriam ser repassados R$ 250 mil por mês”, esclareceu De Paris.
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