A vacina contra a covid-19 da farmacêutica norte-americana Johnson & Johnson recebeu, na tarde desta quarta-feira, 31, autorização para uso emergencial no Brasil. De única dose, o imunizante foi aceito por unanimidade dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que entenderam que os benefícios da vacina superam os riscos neste momento de pandemia.

O pedido de registro emergencial foi realizado no dia 24 de março. De acordo com a Anvisa, em cinco dias, o órgão analisou cerca de 29 mil páginas, com dados e informações sobre requisitos de qualidade, eficácia e segurança estabelecidos pela agência. Durante a terceira fase de testes, a vacina foi aplicada em 43,7 mil pessoas em diversos país, entre eles, o Brasil. De acordo com os resultados, o imunizante é capaz de reduzir em 67% a incidência da covid-19 em adultos. “Os dados também demonstraram que a vacina foi 85% eficaz na prevenção de doenças graves em todas as regiões estudadas e mostrou proteção contra a hospitalização e morte relacionadas à covid-19 em países com diferentes variantes”, diz a empresa em  comunicado.

A vacina da Jhonson se junta com a CoronaVac, fabricada pelo Instituto Butantan, a Oxford/AstraZeneca/Fiocruz e a do laboratório Pfizer BioNTech. Apesar da aprovação de uso, ainda não há previsão imediata de entrega. Um acordo entre o Governo Federal e a farmacêutica responsável pretende importar 38 milhões de doses da vacina, porém, apenas no final do ano.

Agora, a Anvisa ainda analisa um pedido de uso emergencial da vacina russa Sputnik V, apresentado na sexta-feira, 26, pelo laboratório União Química, detentor dos direitos comerciais do imunizante no Brasil.