Com o início das olimpíadas, diversos sonhos e jornadas são lembradas. Devido a isso o Semanário vai mostrar os bento-gonçalvenses que amam as modalidades olímpicas

Está marcado para a sexta-feira, 26 de julho, o início das Olimpíadas que segue até o domingo, 11 de agosto. Competição contará com 10.500 atletas de cerca de 206 países, disputando 28 esportes diferentes, com um número igual de atletas masculinos e femininos, totalizando 5.250 de cada sexo. Abrangendo modalidades como, vôlei, esgrima, natação, ginástica rítmica, basquete, atletismo, ciclismo e entre outras.

Os Jogos Olímpicos de Paris são um dos eventos mais aguardados globalmente, com o Brasil destacando-se ao classificar 266 atletas, sendo 152 mulheres e 114 homens. O Semanário está presente nesta festa esportiva, dedicando-se a mostrar diferentes modalidades olímpicas praticadas na Capital Nacional do Vinho. Vamos contar suas histórias e trajetórias no esporte, oferecendo aos nossos leitores uma cobertura especial desta edição dos Jogos.

Para abrir com chave de ouro, escolhemos Basquete. A modalidade foi inventada por James W. Naismith para manter seus alunos em forma durante o inverno. Em dezembro de 1891, o professor de educação física da Escola de Treinamento Internacional da ACM (Associação Cristã dos Moços) em Springfield, Estados Unidos, procurou um esporte em área coberta adequado a seus alunos – e muitas das regras do jogo que ele criou ainda se aplicam atualmente. Os primeiros jogos internacionais foram disputados na década de 1920 e os primeiros campeonatos mundiais nos anos 1950.

Breve resumo das regras

O basquete é um esporte praticado por duas equipes de cinco jogadores em uma quadra retangular coberta. Os atletas usam as mãos para controlar a bola e marcar pontos, lançando a bola até um aro suspenso a 3,05m do chão. As partidas Olímpicas de basquete são divididas em quatro períodos de 10 minutos. As equipes se alternam entre ataque e defesa e devem demonstrar resistência, agilidade, força e, claro, muita habilidade em quadra.

História Olímpica

O basquete apareceu pela primeira vez nos Jogos Olímpicos como esporte de demonstração nos Jogos Olímpicos St. Louis 1904, quando a competição contava como um evento do campeonato norte-americano de basquete e tinha apenas a participação de equipes do país. O basquete tornou-se esporte Olímpico oficial na edição de Berlim 1936. Já o basquete feminino foi incluído no programa Olímpico pela primeira vez 40 anos depois, nos Jogos de Montreal em 1976.

Historicamente, os Estados Unidos são particularmente dominantes no esporte que inventaram, com a seleção masculina conquistando o ouro Olímpico em todos os jogos, exceto nas edições de 1972, 1980, 1988 e 2004, e a seleção feminina vencendo todos os Jogos Olímpicos desde 1984, exceto em 1992. Os Estados Unidos também deixaram sua marca nos Jogos Olímpicos Barcelona 1992 com o “Dream Team” formado por atletas da NBA, conquistando o ouro depois de vencerem todos os jogos com uma vantagem média de 40 pontos.

A Promessa do Basquete de Bento Gonçalves

Ricardo Dalla Corte Vieira, de 13 anos, começou a jogar basquete aos seis anos de idade, inspirado pelas estrelas que assistia na TV, como LeBron James. “Minha família sempre me apoiou a gostar do esporte e gosto muito de jogar basquete. Procuro ser o melhor no que faço,” diz Vieira.

Quando começou a ganhar competições, Vieira se motivou ainda mais a treinar e melhorar. “Por causa do basquete, conheço meninos de muitas cidades. Já joguei em vários lugares, fiz amigos que eu nunca conheceria se não fosse pelo esporte,” conta. Atualmente, ele mora em São Paulo e joga no clube Pinheiros, um dos melhores clubes do Brasil, o que o fez amadurecer como pessoa e jogador.

A vida de Vieira é intensa e disciplinada. Ele chega ao clube por volta das 15h para fazer arremessos, treina com sua técnica para desenvolver habilidades específicas, e depois treina com seu grupo sub-14 até as 18h30min, e com o grupo sub-15 até às 20h30min. “Preciso ser disciplinado para melhorar cada dia mais, evoluir e crescer. Horários, alimentação, descanso e motivação para os treinamentos precisam andar juntos. Minha família me apoiou sempre pois senão não teria como fazer este esporte. Os meus professores foram decisivos para me sentir seguro nos momentos difíceis e para minha evolução, cada um me ensinando alguma jogada diferente fez com que evoluísse para estar jogando aqui. O treino individual além do treino no clube, está me ajudando muito,” comenta. Ele divide seu tempo entre os treinos e a escola, com jogos ocorrendo praticamente todos os sábados pela manhã.

Desafios e Expectativas

O atleta fala sobre a intensidade do jogo em São Paulo e como precisou se adaptar rapidamente. “Os treinos são bastante puxados e cansativos. Mas agora já estou adaptado e evoluindo cada dia mais,” afirma. Sua maior competição até agora foi o Campeonato Sul-Brasileiro de Clubes, onde sua equipe fez a final com o Clube Curitibano do Paraná. “Foi incrível nosso resultado,” lembra.

O jovem atleta reflete sobre as lições aprendidas com o basquete. “A vida pode ser como o jogo de basquete. Todas as jogadas são importantes. Não se pode desistir, mesmo que as coisas sejam difíceis, e enquanto o jogo não acaba ainda temos tempo para a vitória,” diz.

Ricardo sonha em se destacar no cenário nacional e vestir a camisa da seleção brasileira. “A longo prazo, quero seguir a carreira profissional e jogar fora do país. Será um orgulho representar o meu país nas olimpíadas, pois é o auge de todo atleta,” revela.

Para ele, jogar uma Olimpíada é o maior nível para qualquer um. “Os jogos olímpicos é a competição onde estão os melhores atletas de seus países. Significa o auge da carreira de cada um e poder representear sua pátria deve ser uma sensação muito maravilhosa. Estar lá já é uma vitória pois só os melhores sabem o quanto se dedicaram e abdicaram de sua vida para estar lá”, ressalta.

Ele enfatiza a importância de ser disciplinado e ter o apoio da família. “Minha família me apoiou sempre. Cada professor me ensina algo diferente que faz com que possa evoluir para estar jogando aqui,” conclui.