O esgoto a céu aberto tem incomodado moradores do bairro Progresso desde o início deste ano e algumas pessoas relataram complicações de saúde em função do cheiro que se espalha com os dejetos. Até alguns meses atrás, o problema atingia a rua Fernando Calegari, mas a Prefeitura fez o início da tubulação e a água passou a correr próximo à rua Fiorelo Bertuol, ao lado de uma metalúrgica.
De acordo com moradores, o problema ocorre em função da tubulação inacabada dos prédios recém inaugurados, na Fernando Calegari. Além disso, o calçamento e a iluminação na rua vão somente até em frente aos prédios, deixando algumas casas sem assistência.
Esgoto à céu aberto no bairro Progresso incomoda moradores e e…
Esgoto à céu aberto no bairro Progresso incomoda moradores e empresa.
Publicado por Jornal Semanário em Sexta-feira, 15 de setembro de 2017
Relatos de funcionários da metalúrgica revelam que já houve até desmaios, uma vez que o cheiro se torna insuportável nos dias mais quentes e a água de esgoto está se infiltrando no pavilhão. A funcionária Michele Iung da Silva conta que a Prefeitura foi chamada, mas nunca foi sequer verificar o problema. “Depois do meio-dia é terrível”, observa.
Outros funcionários contam que já foram feitas inúmeras ligações aos órgãos competentes do Poder Público municipal. “Já está assim há mais de três meses”, conta o funcionário Juvenal dos Santos.
Comunidade faz trabalho da Prefeitura
Como o esgoto estava correndo pela rua e a Prefeitura não atendia os chamados de reparo, a metalúrgica teve que colocar um cano para resolver o problema temporariamente. Já o morador da Fernando Calegari, Eldo Sernaggiotto, se propôs a entrar com a mão de obra para resolver o problema.
Segundo ele, o esgoto corria na frente da sua casa até maio, mas apesar de a Prefeitura ter começado o encanamento, as obras na via ainda estão inacabadas. “É um perigo de cair e se machucar aqui”, ressalta. Quando havia os dejetos expostos, Sernagiotto conta que chegou a não conseguir almoçar por conta do cheiro.
A Prefeitura de Bento Gonçalves informa que a construção dos prédios foi fiscalizada pelo Instituto de Planejamento Urbano (Ipurb) de Bento Gonçalves e que a construtora apresentou soluções para o saneamento. Porém, a empresa fechou e não cumpriu com o contrato previsto. “Foi feito um termo de compromisso com a empresa, o prazo de execução terminou em agosto e não foi cumprido”, observa a diretora adjunta do Ipurb, Melissa Bertoletti Gauer.
Ainda de acordo com Melissa, a Prefeitura esperou acabar o prazo da empresa para iniciar as tratativas. “Existe um entendimento entre os moradores de que é necessária a construção da tubulação inacabada. Vamos buscar uma parceria”, afirma.