Juarez Valduga participou de Sessão Ordinária para falar sobre importância do PlanVale. Edital deve ser lançado até o dia 30 de outubro para a Região não perder verba de R$ 1 milhão
Uma grande preocupação vem tomando conta das entidades ligadas ao turismo do Vale dos Vinhedos. Segundo informado na Sessão Ordinária de segunda-feira, 23, a Secretaria Municipal de Finanças tem até o dia 30 deste mês para publicar edital de concorrência para definir a empresa que vai desenvolver o Plano Diretor do Vale dos Vinhedos – PlanVale. Para isso, os prefeitos das três cidades do Vale (Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul e Garibaldi) assinaram um Termo de Cooperação liberando verba de R$ 1 milhão, destinada pelo Ministério Público, para custear os estudos do Plano. “Não podemos perder este Plano Diretor. É minha preocupação principal. Por mim nem precisaria edital. Por que não habilitamos a UCS, que está na nossa região e já apadrinha o Vale dos Vinhedos? Não entendo por que querer trazer pessoas de fora, que não conhecem a nossa realidade”, disse o representante da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos, Juarez Valduga, na tribuna da Câmara.
O empresário destacou que tem a missão de contribuir com o Município. “Tenho recebido muito de Bento Gonçalves. E preciso dividir essa angústia. Vocês (vereadores) representam todos os bento-gonçalvenses, por isso estou aqui. Vai levar muito tempo para aprovar um projeto desta magnitude, certamente. Uma das minhas maiores preocupações é o nome ‘Vale dos Vinhedos’. Não podemos perder a palavra vinhedos. Se nós deixarmos acontecer o que está acontecendo, será o fim do Vale”, alertou o empresário.
Se nós deixarmos acontecer o que está acontecendo, será o fim do Vale.
Juarez Valduga, sobre o Plano Diretor do Vale dos Vinhedos
Valduga enfatizou, ainda, a diferença entre o investidor e o empreendedor. “O empreendedor vem porque tem paixão. Ele quer fixar raízes. Já o investidor vem para levar vantagens e nosso dinheiro para fora. Não queremos trancar o progresso. Queremos que ele seja expandido para todas as regiões. Mas todo o projeto, a partir de agora, tem que começar pelos vinhedos. Na minha opinião, qualquer empreendimento que queira fazer parte do Vale, tem que plantar vinhedos em 80% da área disponível, antes de qualquer outra coisa. Isso é o básico. Acho que aí, talvez, poderemos fortalecer o Vale dos Vinhedos de Bento Gonçalves”, frisou.
Além disso, Valduga aproveitou o espaço para pedir mais atenção ao pequeno produtor rural. “Os municípios precisam apoiar, criar um fundo de incentivo ao pequeno produtor. O cara que quer fazer uma geleia, um queijo, um salame, um suco para vender na porta da casa precisa ser incentivado, apoiado. Deixa ele fazer. Não fecha. É aí que está a nossa identidade. As cidades estão perdendo o sentido, está ficando tudo igual”, enfatizou.
Matérias da sessão
A sessão foi marcada por homenagens. Uma delas foi a aprovação unânime da concessão de Portaria de Louvor e Agradecimento a Volmir Raimondi, do vereador Marcos Barbosa (Republicanos), subscrita por todos os demais.
A outra, Moção de Aplauso aos pastores Alceo Laurindo Dias, José Valdenir Pedroso Lopes e Paulo Iran Lacerda dos Anjos, consagrados no último dia 17 pela Assembleia de Deus, autoria do vereador Ari Pelicioli (Cidadania), também aprovada por unanimidade.
Além destas, proposta pelo vereador Jocelito Tonietto (PSDB), acatada por todos os demais, foi a denominação de via pública Rua Lourdes Cainelli Sasso. A rua já possuía essa denominação, porém, foi substituída por Rua Perebebuí. Com a aprovação do projeto, a nomenclatura inicial (Lourdes Cainelli Sasso) volta a ser utilizada.
Também estava na pauta para votação, de autoria do vereador Ari Pelicioli, projeto de instituição do programa “A Câmara vai à Escola”, porém, o mesmo foi retirado da Ordem do Dia por não ter passado pela avaliação das comissões, devendo retornar na próxima sessão.