Apresentação dos dados da 12ª rodada do modelo de distanciamento controlado do Governo do RS, manteve a região com restrições mais rígidas no combate ao coronavírus
Fica na vermelha. Por enquanto é o que determina o resultado preliminar do sistema de bandeiras do Distanciamento Controlado do Governo do Rio Grande do Sul, que foi divulgado na sexta-feira, 24. Esta é a terceira vez que a macrorregião da Serra, que tem Bento Gonçalves como integrante, se mantém na classificação de alto risco para contágio da Covid-19. Com isso, os municípios afetados precisam estabelecer regras mais rígidas para o funcionamento das atividades econômicas. Entidades políticas e empresariais já se mobilizam para contestar os dados e solicitar o retorno da região para a bandeira laranja.
Conforme o Comitê de Crise do Coronavírus no RS, a região da Serra Gaúcha é que apresenta o nível mais preocupante de todas as 20 regiões em que o estado foi dividido. De acordo com o governo, a média ponderada final, que é a soma de todos os 11 indicadores avaliados para determinar a classificação, ficou semelhante a da semana anterior. O alerta do governo também foio para a aceleração dos indicadores de propagação do novo coronavírus, chegando próximo ao nível para determinação da bandeira preta, que é a classificação de risco máximo no modelo.
Ainda, segundo o governo, a Serra apresentou piora em outro indicador: a capacidade de atendimento aos infectados. Os números da 12ª se mantiveram dentro dos parâmetros que determinam a bandeira vermelha. Dos 49 municípios pertencentes à macrroregião de Caxias do Sul, 24 poderão adotar os protocolos da bandeira laranja, que são pouco mais brandos.
O prefeito de Cotiporã e presidente da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), José Carlos Breda, lamentou a decisão e informou que a entidade encaminhará novamente ao Governo um pedido de reconsideração para que a região possa retornar à bandeira laranja. “Vamos mostrar ao governo que os nossos indicadores foram melhores que o da semana passada, ou seja, mostraram estabilização e também iremos solicitar a reconsideração, já que 13 internações que estão aqui são de outras regiões do RS. Se não tivermos êxito, pelo menos que o comércio, serviços, restaurantes possam funcionar nos modelos da bandeira laranja”, pontua.
O Prefeito Guilherme Pasin destacou a decisão e disse que os municípios da região trabalham para que as regiões tenham autonomia junto ao modelo do Governo do Estado, respeitando as orientações e os protocolos, mas com a autonomia de flexibilizar dentro dos setores que se mostram possíveis de serem flexibilizados. Pasin disse ainda que a população precisa fazer a sua parte para que a região consiga sair do status mais restrito. “Todos devem fazer a sua parte. Evitar aglomerações, não ir para festas, evitar ir ao supermercado com a família, frequentar praças. Se existe uma forma de sairmos o mais rápido possível desse processo pandêmico é cumprirmos as regras, utilizar máscara, seguir os protocolos”, garante.
Regiões que tiveram piora:
• Santo Ângelo: laranja > vermelha
• Cruz Alta: laranja > vermelha
• Santa Rosa: laranja > vermelha
• Pelotas: laranja > vermelha
• Bagé: laranja > vermelha
• Santa Cruz do Sul: laranja > vermelha
Regiões que estavam e seguem na bandeira vermelha:
• Capão da Canoa
• Taquara
• Novo Hamburgo
• Canoas
• Porto Alegre
• Palmeira das Missões
• Passo Fundo
• Caxias do Sul
Região que teve melhora:
Nenhuma
Agora, as prefeituras e associações regionais têm até às 6h de domingo, 26, para apresentarem recurso. Os pedidos de reconsideração serão avaliados pelas equipes técnicas do governo. A decisão será tomada pelo Gabinete de Crise na segunda-feira, 27, e, à tarde, o mapa definitivo, vigente a partir de terça, 28, será divulgado.