Foram semanas e semanas pedindo:
– “Por favor, estacionem no lugar certo. Esta entrada foi feita só para pedestres e o piso não aguenta.”
Não adiantava. Colocavam o caro na entrada do escritório e o piso afundou. Foi instalado um poste de ferro e deu certo, em parte.
O problema se arrastou de outra forma: quebra de lâmpadas, xixi no portão da garagem, papel no chão, “biuta” de cigarro, plástico de sacos de gelo, garrafas vazias e tudo que é tipo de lixo.
Quando apareceu uma “camisinha”, foi demais.
Êta gente insistente, Tchê!
Aliás, não sei se se tratava de gente porca ou mal educada. Não é a mesma coisa.
O porco, ninguém ensinou. O mal educado deve ter sido ensinado e não quis aprender.
O fato é que, porcos ou mal educados, eles venceram.
Decidi colocar cerca de ferro e fechar toda a frente do escritório. Só assim vou (acho) me livrar da “porcaria” da sujeira.
Parece incrível mas este tipo de problema acontece onde se concentra muita gente. Lembro do exemplo dado pela torcida japonesa que, ao terminar o jogo, recolheram toda a sujeira em sacos plásticos dando um exemplo de educação. Isto aconteceu aqui no Brasil, quando da última Copa do Mundo.
O bom é que também temos gente educada: famílias que sentam nas praças e mantem a ordem no lugar. São exemplares. Isto nos dá a esperança de que nem tudo está perdido.
Não desistam: acreditem que é possível mudar.
Se ensinarmos as crianças eles irão crescer e formar um outro time, daqueles que podem fazer a diferença na hora do jogo e, quem sabe, vamos ter menos cercas de ferro guardando as frentes dos terrenos.
Até lá, dê-lhe ferro nas calçadas!