Com obras de 20 artistas, a mostra destaca a importância da preservação do Cerrado brasileiro
A exposição de arte coletiva “Do Cerrado para o Brasil” chega a Bento Gonçalves pela segunda vez, trazendo uma celebração da riqueza cultural e natural do bioma do Centro-Oeste. Idealizada pelo artista plástico Fábio Prado, a mostra nasceu em 2016 e, nesta nova edição, apresenta a sensibilidade de 20 artistas que retratam a biodiversidade e as tradições da região. sensibilidade de 20 artistas que retratam a biodiversidade e as tradições locais.
A mostra apresenta uma rica diversidade de técnicas, como arte rupestre, aquarela, fotografia, intervenção sob fotografia, desenho misto, óleo sobre papel e fine art. Os visitantes podem apreciar um mosaico de imagens que retratam a arquitetura neo-colonial, o lobo-guará e o icônico ipê, formando uma simbologia do Centro-Oeste.
Entre os destaques da exposição está Helena Vasconselos, uma das mais renomadas artistas em Arte Naïf do Brasil, que marca presença com suas obras.
Para Fábio Prado, curador da exposição, a mostra reflete uma profunda conexão com os elementos da tradição e questões contemporâneas, especialmente no que diz respeito à conscientização ambiental. “Além de promover artistas das Artes Visuais, a exposição traz uma reflexão sobre a preservação da natureza”, afirma Prado.
Prado, que é natural de Bento Gonçalves, compartilha sua inspiração: “A ideia surgiu quando me mudei para Goiânia. Comecei a estudar a cultura, os costumes e a natureza do Cerrado, e quis apresentar esse universo para outras regiões. O tema escolhido para a exposição traz a reflexão sobre a conscientização ambiental, sobre a questão do desmatamento, queimadas e o descaso com o meio ambiente. Além disso, também expressa a cultura da região e a poética do Cerrado”, frisa.
O que as obras revelam
Os trabalhos apresentam variações em técnicas e estilos. “Trago de Goiânia um rol de grandes artistas já consagrados que são referência para os novos artistas que estão surgindo no Estado de Goiás e que também estão participando, como novos talentos nessa exposição”, comenta.
As obras revelam cenas de contemplação, árvores, pássaros e manifestações artísticas ligadas à tradição e ao folclore regional. A famosa Festa de Pirenópolis, do estado de Goiás, também é retratada, conectando o público à tradição local.
A mostra também conta com a colaboração da Associação Ativista Ecológica (AAECO), que exibe esculturas em madeira do projeto “A Natureza Fala”, promovendo um diálogo entre arte e ecologia. A exposição é apoiada pela Attos Galeria da Arte e pela Associação Goiana de Artes Visuais (AGAV), reforçando a colaboração entre artistas e instituições em prol da causa. “O pessoal gostou tanto, que a exposição se estenderá até final de novembro”, conclui Prado.
Serviço:
O que: Exposição “Do Cerrado para o Brasil”, com curadoria de Fábio Prado
Período de visitação: Até 30 de novembro
Horário: De segunda a sexta-feira, das 9h às 20h
Onde: Fundação Casa das Artes – Rua Herny Hugo Dreher, 127.