Opa! A Ciência nos aponta para uma luz no final do túnel, e tudo indica que não é o trem que está vindo em nossa direção. Trata-se da perspectiva de prevenção da doença de Alzheimer.
E não é através de mudança radical do estilo de vida para acabar com os possíveis fatores desencadeantes que, afinal, são os mesmos para o desenvolvimento de muitas outras doenças, como sedentarismo, obesidade, tabagismo, estresse, álcool…. Isso demandaria um esforço quase sobre-humano. É algo muito simples que vai mexer com as células nervosas, deixando-as despertas e vigilantes.
Em resumo, mudança de paradigma. Assim: Se você só usa a mão direita para certas funções, comece exercitando a esquerda; e se você só usa a esquerda, comece exercitando a direita. Dessa maneira você estará exercitando também os neurônios.
Eu, por exemplo, descobri que as possibilidades da minha mão esquerda ficaram diminuídas pela falta desse protagonismo. Como ela não herdou DNA de liderança – sou destra – foi educada para ser coadjuvante, exercendo esse papel a vida inteira, o que lhe promoveu perda significativa do tamanho do seu alcance – não chega a lugares estratégicos – e de sua funcionalidade – nem consegue desempenhar tarefas elementares como pentear e maquiar.
Muito interessante e animador. Mas – reafirmo – é necessário paciência e persistência. Não dá pra entregar os pontos logo que a figurante, tendo assumido nova função, cometer algum deslize como derramar café sobre a toalha branca. Nesta situação, troca-se a toalha, não a mão. É preciso praticar. O cérebro agradece.
Mas o que fazer quando o mal vem sorrateiramente se apossando do sistema? Chutar o balde?
É o caso do Zé. Zé Brasil, para ser mais específica. O coitado está no limite de sua sanidade.
Pra que não pire de vez, ele precisa ativar seus neurônios, pois cérebro sem atividade atrofia. E quanto mais atrofiado, menos pensa, menos compreende, menos discerne, transformando-se naquela propagada frase que, inclusive, ele nunca entendeu: “massa de manobra”.
Embora desanimado, Zé não pode lavar as mãos simplesmente porque viu que, lá em cima, uma mão lava a outra. Brasil precisa sair do seu anonimato, de sua figuração, de sua inércia, de seu torpor, para reivindicar o papel principal desta imensa tragicomédia, onde ele é sempre o palhaço.
Se Zé Brasil não reagir assumindo sua força latente e ficar apenas assistindo a monstruosa Mão Direita e a mentirosa Mão Esquerda (a corrupção é ambidestra) surrupiarem milhões oriundos do seu trabalho, a doença vai chegando de mansinho, debilitando-o e desapossando-o de vez de suas faculdades mentais.
E será interditado. Jogado pra escanteio. Pobre Brasil!