Nesta terça-feira, 25 de outubro, comemora-se o Dia do Dentista no Brasil. A data enfatiza a importância da profissão que cuida do sorriso e da saúde bucal de milhares de pessoas.
O dentista José Carlos Milanez Jeronymo tem mais de 30 anos de experiência, como cirurgião-dentista e docente, atuando em Bento Gonçalves e Porto Alegre. Ele afirma que desde criança sempre quis ser odontólogo. “Decidi que esse seria meu futuro no segundo ano da graduação. Foi quando me apaixonei pela profissão”, conta.

José Carlos Milanez Jeronymo

Conforme Jeronymo, um dos principais medos e inseguranças do início da profissão era cometer erros. “Para a época, o mercado era diferente dos tempos atuais, foi a transição de um período mais empírico para o científico, onde grandes paradigmas foram quebrados”, lembra.

O profissional da área da saúde também evidencia que mesmo com os percalços no caminho, vale a pena ser dentista. “Após os 30 anos de atuação, evoluí muito como profissional e docente que sou. Consegui melhorar a saúde de muitas pessoas e a qualidade de vida delas”, destaca.

Para ele, sua profissão é muito importante para a sociedade. “Dentro do que tange à saúde e, atualmente, a questão no Ocidente, da autoestima vinculada à imagem das pessoas”, esclarece.
A maior satisfação depois de atender um paciente, segundo Jeronymo, é entregar tudo que foi proposto no planejamento. “Baseado na melhor evidência científica e sabendo que não poderia ser realizado nada melhor”, sublinha.

Uma trajetória de sucesso

A ortodontista Graziela Moro trabalha há quase duas décadas na profissão e afirma ser apaixonada pelo que escolheu. Ela destaca ainda, que escolheria novamente o mesmo caminho. “Decidi ser dentista quando estava ainda na oitava série, pesquisando qual vestibular fazer, o que queria seguir, então optei pela odontologia. Conversei com uma dentista antiga, que me atendia, e percebi um brilho no olho dela quando me falou sobre a profissão”, rememora.

Ela explica que também conversou com diversos outros profissionais antes de tomar a decisão final. “Meu pai é cabeleireiro, ele sempre trabalhou como autônomo e eu queria alguma coisa que dependesse de mim, que pudesse trabalhar por conta”, salienta.

Após a graduação, os maiores medos de Graziela estavam relacionados a montar o seu consultório, ter retorno financeiro e ser reconhecida. “Busquei, com muitos cursos, aperfeiçoamento, e comecei a trabalhar em um consultório por locação, até chegar ao meu próprio espaço. Na época, o mercado na área da odontologia estava bem saturado, então fui buscar um diferencial, um algo a mais que pudesse oferecer para os meus pacientes”, reconhece.

Para ela, é recompensador se empenhar pela profissão, principalmente pela transformação dos sorrisos. “Ver a alegria no rosto do paciente, trabalhar com a autoestima, isso foi minha maior motivação”, conta.
Segundo a dentista, a profissão dela é importante para toda a sociedade por questões de estética e saúde bucal. “A saúde é fundamental para a mastigação, engrenamento dos dentes. A minha área hoje é ortodontia, trabalho muito na questão de dores, disfunções de ATM (articulação temporomandibular), pacientes com muitas dores de cabeça, na cervical. Meu maior encantamento na odontologia é poder trabalhar com essa questão da dor”, sustenta.

Graziela Moro

Graziela realça que a maior satisfação após atender um paciente é ver o quanto ele fica grato pelo tratamento que foi feito. “Devolver a autoestima, essa melhora na dor e essa gratificação. Ele consegue expor isso às vezes por um sorriso, um abraço, o que é muito bacana. Trabalho com uma odontologia muito humanizada, parceira, próxima dos pacientes, ouvindo as queixas dele. Com isso, a gente acaba criando um vínculo de amizade”, frisa.

A ortodontista conta que atende algumas pessoas desde o início, há 17 anos. “Um bom trabalho acaba sendo reconhecido pelo próprio paciente e pelo encaminhamento que ele faz para outros”, assegura.
Atualmente, a dentista tem uma clínica multidisciplinar. “A gente oferece todos os trabalhos na parte de ortodontia, que é a minha especialidade. Mas tem implantodontista, endodontista, tratamento de canal, prótese, odontopediatria. Gosto muito já desde a infância de a gente conduzir o crescimento dessa criança e todo o desenvolvimento da dentição”, conclui.

Amor antigo pela profissão

De acordo com a dentista Júlia Wernz Roos, a área da saúde sempre foi um interesse, e ela via na odontologia uma oportunidade de poder ajudar as pessoas a terem uma melhor qualidade de vida. “Sempre gostei de ir ao dentista, quando criança era muito interessada pelos tratamentos odontológicos e fazia várias perguntas sobre a profissão. Quando, ainda na faculdade, atendi meu primeiro paciente e pude perceber a grande diferença que estava fazendo na vida dele e o quanto era importante para ele realizar o tratamento odontológico. Foi ali que percebi que estava no lugar certo”, lembra.

A odontóloga reconhece que, após a conclusão do curso de odontologia, ficou receosa. “Por saber que o Brasil é o país com maior número de dentistas por habitantes, sentimos insegurança em relação ao mercado de trabalho. Mas ao longo do tempo, percebi que com persistência, estudo, dedicação e carinho no atendimento, vamos conquistando nosso espaço”, enfatiza.

Júlia Wernz Roos

Mesmo diante de dificuldades, Júlia afirma que, com certeza compensa seguir a profissão. “Passamos por diversos desafios, mas todos valem a pena quando percebemos que podemos fazer a diferença na vida de alguém, mostrando aos pacientes que o tratamento odontológico pode ser tranquilo e seguro. Muitas vezes, os pacientes chegam ao consultório com traumas de antigos tratamentos e hoje, com toda a tecnologia e estudo que temos, podemos atendê-lo com segurança”, garante.

O papel do dentista, segundo a profissional, vai além de cuidar da saúde bucal, mas também abrange o valor da vida, um dos direitos fundamentais para o conceito de uma sociedade. “Junto com essa função, existem também muitas responsabilidades legais, profissionais e éticas, que devem ser seguidas. Trabalhamos com sorrisos, e assim temos um papel indispensável, pois falamos também em autoestima e bem-estar”, reitera.

Para ela, o maior reconhecimento por sua profissão é ver o sorriso alegre e espontâneo do paciente após o tratamento concluído. “Saber que pude fazer a diferença na vida de alguém, com certeza é a maior satisfação”, finaliza.