Padre Miguel Mosena, afirma que o bairro deve continuar recebendo novas famílias, por isso, garante que o trabalho da paróquia não pode parar

A pandemia do coronavírus impactou diretamente a vida de inúmeras pessoas. Por isso, muitas delas buscaram se fortalecer por meio da fé. Consequentemente, igrejas de todo país notaram o número de fiéis crescer durante este período. Em Bento Gonçalves, na tradicional Paróquia São Roque, o cenário não foi diferente.

O vigário paroquial responsável pela paróquia, padre Miguel Mosena, afirma que neste tempo, a devoção à São Roque nunca esteve tão atual, o que foi nítido devido à alta demanda dos serviços ofertados.

Desde então, a maior procura tem sido em relação à bênçãos e outros tipos de atendimentos. “Unção dos enfermos, intenções de missas pelos doentes, seja da Covid-19 ou outras doenças”, pontua.

Como o bairro São Roque é considerado um dos maiores do município, a alta procura também se justifica. Mosena destaca que a comunidade Matriz conta com mais de seis mil famílias. “O que torna o bairro um lugar promissor e que também precisa contemplar todas as necessidades para bem se viver por aqui”, comenta.

Paróquia São Roque

Neste sentido, ele afirma que garantir uma boa estrutura de evangelização para celebrar os Mistérios da Fé é fundamental “para que nossas pastorais e serviços continuem a proporcionar aos moradores daqui um lugarzinho que possam chamar de Céu”, destaca.

Eventos tradicionais

Em relação a organização comunitária, Mosena aponta que são inúmeras as tradicionais ações sociais. “É característico do bairro e, portanto, da paróquia, os eventos sociais: mateada, feijoada, bingo, almoços festivos”, cita.

Contudo, devido à pandemia, todos eles precisaram ser readaptados. “Sobretudo no estilo drive-thru, para que pudessem permanecer vivos como expressão da fé e da vida do nosso povo”, afirma.

Mosena afirma que os moradores mais antigos devem lembrar, em especial, da quantidade de mangonados que eram servidos, aos sábados, no salão paroquial, logo após as missas. “O bom de tudo isso é que esses eventos, mesmo com menos intensidade devido ao contexto atual, continuam a marcar a vida das famílias do nosso bairro”, comemora.

Desenvolvimento do bairro

Aos olhos do padre, o São Roque continuará a receber famílias, por isso, garante que o trabalho da paróquia não pode parar. “Deve continuar a ser uma referência para que se vença uma das características próprias do mundo urbano: o anonimato das grandes cidades”, salienta.

Seguir ofertando os serviços que já existem é um dos objetivos. “Grupo de Jovens, zeladoras de capelinha, grupos de família, catequese, liturgia, festeiros das festas do padroeiro, a manter vivo o espírito comunitário que é muito próprio e característico deste querido bairro que tem em São Roque, seu padroeiro, modelo de fé e inspiração no cuidado para com a vida em todos os sentidos”, garante.