A educação de Bento Gonçalves não pode comemorar bons resultados nos últimos dois anos. O índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que foi divulgado nesta semana pelo Governo Federal, aponta que os números das séries iniciais do Ensino Fundamental não atingiram a meta proposta e foram os que mais tiveram queda no Rio Grande do Sul. Contudo, as médias das séries finais do Ensino Básico se mantiveram iguais as de 2011. Os dados negativos de Bento ficaram com o desempenho das séries finais das escolas municipais, que diminuíram um ponto, comparado a 2011.
O coordenador da 16ª Coordenadoria Regional de Educação, Ênio Ceccagno, justifica o resultado apresentando os projetos que foram trabalhados no último ano, direcionados, principalmente, para as séries iniciais e também para o Ensino Médio. “Há um programa em nível Federal, o qual adotamos e seguimos aqui no Estado. Desde o ano passado, estamos investindo na formação e qualificação dos professores das séries iniciais e também no Ensino Médio, assim, consequentemente pensamos que as séries finais do Ensino Fundamental seriam atingidas mas, infelizmente, não foi o que ocorreu, como podemos ver nos resultados”, explica. O investimento, segundo ele, também foi na modernização dos equipamentos em sala de aula.
Com estes resultados, o coordenador enfatiza que os próximos investimentos podem ser planejados, já que será necessária uma atenção especial para as turmas do 6º ao 9º ano. “A reestruturação curricular feita nos últimos anos foi muito positiva, como podemos ver nas boas médias das séries iniciais. Agora vamos expandir isso para demais turmas e ter números ainda melhores no próximo censo”, aponta.
Ceccagno destaca que os bons resultados das séries iniciais são também devido à dedicação dos professores e das diretorias das escolas, que fazem com que as iniciativas propostas saiam do papel. “Precisamos valorizar as equipes, são elas que lidam diretamente com os alunos e elas que estão diariamente com eles nas salas de aula. Grande parte do mérito é, exclusivamente, dos professores e diretores”, comenta. Ele também destaca o trabalho das instituições que tiveram aumento nos seus resultados. “Precisamos avaliar a situação individual de cada instituição. Há escolas que apresentavam maus resultados e que, nos últimos anos, têm melhorado muito as suas médias. Acredito que estas é que precisam ser valorizadas e estimuladas”, enfatiza.
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