Quatro anos. Esse é o tempo que uma obra considerada emergencial está parada na Escola Estadual Mestre Santa Bárbara, de Bento Gonçalves. A ação, que consiste na reforma de um piso no pátio do colégio, teve o serviço interrompido pela falta de pagamento por parte do Estado para a empresa que na época havia sido contratada para realizar o trabalho.
De acordo com a diretora da escola, Margarida Mendes Proto, a empresa que fazia o serviço era pequena, vinda do município de Ijuí e sem a verba precisou abandonar a obra, que na época, foi orçada em cerca de R$24 mil. “O Estado não havia pago a segunda parcela e a empresa precisava do dinheiro, mas como estava sem receber, não tinha recursos para finalizar e abandonou. Desde então está parada”, relata Margarida.
Os mais de mil alunos que passam pelo pátio da escola, durante os três turnos, se deparam com um chão de barro e britas, além de alguns buracos nos cantos das paredes, tornando o local arriscado. “Quando veio a Coordenadoria Regional de Obras (CRO) do Estado, fizeram uma vistoria e constaram que perto de onde ficava o bebedouro tinha rachaduras, que um aluno poderia cair e se machucar, por isso foi solicitado como obra emergencial e até hoje está assim”, explica a diretora.
Mais atraso
O Conselho de Pais e Mestres (CPM) do colégio, por meio de atividades promovidas, arrecadou dinheiro para comprar material para fazer a cobertura da área, entretanto, estão de ‘mãos atadas’, já que esse projeto só pode ser feito depois que o piso estiver pronto.
O que diz o Governo
A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação social da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), questionando se há alguma previsão para que o valor volte a ser repassado. Por e-mail, foi informado que “A Seduc irá encaminhar para a Escola Mestre Santa Bárbara, o valor de R$ 17 mil para conclusão da reforma do piso. O valor será depositado na conta da direção como suplementação da verba que é repassada mensalmente à instituição de ensino”.
O prazo para reinício das obras, de acordo com informações da Seduc é de até 60 dias.