O tenente-coronel BM Paulo Franquilin, jornalista e escritor, publicou artigo na página 2 do Correio do Povo de ontem que pode ser qualificado, no meu entender, como definitivo. Ele aborda o sistema de trânsito de Porto Alegre, mencionando as verdadeiras armadilhas a que estão expostos os proprietários de veículos da capital. Comenta ele sobre a montanha de dinheiro que os governos municipais, estaduais e federal arrecadam sobre os veículos. Os bilhões advindos deles, na forma de impostos escorchantes deveriam oferecer todas as condições de trafegabilidade, com estrutura exemplas. No mínimo.
Definitivo! II
Franquilin diz que “Além de asfalto de qualidade ruim, que se desmancha com a passagem dos veículos, formando buracos e desníveis, faltam placas de sinalização e orientação para os motoristas; há diversas obras inacabadas, transporte público deficiente e uma engenharia de trânsito caótica”. E ele continua afirmando que “…as vias urbanas, que deveriam permitir o fluxo tranquilo dos veículos, não são adequadas, com pistas insuficientes para fazer frente ao volume da frota, parando totalmente quando acontecem acidentes, pois não existem opções para desviar o trânsito pela falta de planejamento urbano”. O texto é de uma precisão digna de um oficial da BM, profundo conhecedor do assunto. Mas, confesso que ao iniciar a leitura, pense que ele estivesse falando sobre o trânsito de BENTO GONÇALVES. Vale a pena ler. Está no CP de 02, ontem.
Será que passa?
O deputado Pedro Ruas apresentou na Assembleia Legislativa do Estado projeto de lei que prevê a proibição da concessão de incentivos, subsídios ou empréstimos de entidades ou órgãos públicos a empresas cujos sócios doaram em campanhas políticas. Seria ótimo se esse projeto virasse lei, mas no Brasil todo, até como Emenda Constitucional para acabar, definitivamente, com a promiscuidade entre empresários inescrupulosos e políticos de mesma índole bandida. Mas, obviamente, esse tipo de lei não passa porque os “interésses” escusos dessa gente moralmente imunda possuem mecanismos “infalíveis” para impedir que prosperem.
Que beleza!
A população de Bento Gonçalves sabe que o expediente da prefeitura municipal foi reduzido de outubro de 2016 a fevereiro de 2017, em duas horas diárias, sem prejuízo dos salários, do vale transporte e vale-alimentação do funcionalismo. Tal medida foi tomada, novamente, para “economizar”. Só que até agora, eu e milhares de bento-gonçalvenses desconhecem qual foi a economia obtida e qual o seu valor. Estou sentado esperando para saber, da mesma forma que os demais cidadãos. E hoje, dia 3 de junho, terá expediente das 8 h às 14 h – seis horas, portanto – para “compensar” o expediente de oito horas do dia 16 de junho, possibilitando um belo “feriadão” de quatro dias. A população, que necessita dos serviços públicos, deve estar adorando tudo isso.
Paguemos, otários!
Os pagadores de impostos no Brasil sofrem, frequentemente, deboches por parte dos poderes municipais, estaduais e federal. Aqueles que PAGAM em dia os impostos que arrecadam – empresas não pagam impostos, eles cobram dos consumidores e devem apenas recolhê-los aos cofres públicos – não sentem nada além do sentimento de frustração quando leem essas coisas. Os governantes criam REFIS para aqueles que não recolhem o que cobram. Agora o “benefício” é para aqueles que devem até QUINZE MILHÕES DE REAIS. Os “otários”, aqueles que cobram e recolhem, nos devidos vencimentos, devem ficar “satisfeitos” pela “distinção”.