O Prefeito Guilherme Pasin deu uma mexida no Secretariado. Para melhor. O Vereador Eduardo Virissimo, depois de obter, em Bento, 12.326 votos para a Deputação Estadual, e de ter ensaiado alguns pronunciamentos, sem entusiasmar, na Câmara e aos Empresários, assumiu a Secretaria de Habitação e Assistência Social. Pasin descartou o PSDB, que tinha a titularidade da pasta, e colocou seu “APADRINHADO” político no Executivo, na expectativa de que seu desempenho, em tão importante Secretaria, revele um lado diferenciado que melhor o credencie a disputar a Municipalidade nas próximas eleições. Amarildo Lucatelli, que havia sido colocado na Secretaria de Obras, voltou para o exercício da Vereança. Assim, ele terá uma ação política livre das pressões que o Executivo impõe, e, com o dinamismo que lhe é característico, estará com olho aberto na candidatura a Prefeito. Anderson Zanella exercia o cargo de Vereador suplente no exercício da Vereança, em razão da ida de Amarildo para o Executivo. Vai permanecer como Vereador, em razão da ida de Virissimo para o Executivo. E será, na Câmara, líder da situação. Ficou bom para Pasin, pois vai ter um “PIT BULL” para enfrentar Camerini, possível candidato a Prefeito pelo PDT se Rizzardo, ou Maria Tereza, não concorrer. Com a mexida Pasin projeta três candidatos do PP a sua sucessão como Prefeito: Eduardo Virissimo, Amarildo Lucatelli e o Secretário de Turismo Rodrigo Parisotto.
O que parece claro é que a mexida de Pasin vai colocar Zanella em rota de incompatibilidade com o desempenho da presidência do Esportivo pelo desgaste natural que terá como líder da situação. A mexida também evidência o possível “descarte” do PSDB por parte do Prefeito, levando-se em conta que o Vice Aido Bertuol sustenta impossibilidade de saúde (ou não quer pois poderá ser impedido de concorrer a Prefeito) para acompanhar, com intensidade, os atos do Executivo, inclusive de substituição do Prefeito no cargo, fato que estaria colocando empecilhos para que Pasin assuma Secretaria na futura administração Estadual, na gestão de Eduardo Leite. Se é que foi convidado. Resta registar ainda que a ida de Virissimo, da Câmara para o Executivo, minimizou o constrangimento criado pois ele era o candidato preferencial de Pasin para a Presidência da Câmara, candidatura que não foi plenamente aceita pela maioria dos Vereadores, com perspectiva de perder a eleição.
Assim, o Prefeito foi compelido a aceitar a candidatura de Rafael Pasqualotto, também Vereador de seu partido e que está prometendo exercer uma gestão de independência e mais realizadora que seu antecessor Scussel, do PSDB. Com dois anos de exercício de Presidência na Câmara pela frente, Pasqualotto correrá, por fora, como candidato a Prefeito. Sendo assim, o candidato a Prefeito pelo PP, na disputa da sucessão de Pasin sairá destes nomes: Parisotto – Lucatelli – Virissimo e Pasqualotto. Fortes, como candidatos da oposição é possível que concorram: Paulo Caleffi (PSD – partido de Zanella, dá pra entender?); Alcindo Gabrielli (MDB); Fortunato Rizzardo ou Maria Tereza ou Moacir Camerini (PDT). Tem também o Rafael Fantin (Dentinho), do NOVO, que fez 3.970 votos em Bento ao concorrer para Deputado Estadual, com o que deve estar sentindo coceira. Embora negue, Aido José Bertuol (PSDB) poderá vir a ser candidato e, é possível, que resida aí sua negativa de substituir Pasin se este for para alguma Secretaria do Estado. Ou desistiu de vez da política em razão do desgaste e fracasso eleitoral do PSDB a nível nacional. Se Aido não assumir a Prefeitura Pasin não se afastará pois teria que entregar o comando da Municipalidade nas mãos do Presidente da Câmara Pasqualotto e isso parece não estar nos planos do Prefeito. O que deu errado para Pasin? O fato de que seu “afilhado” político, Virissimo, não ter sido eleito Presidente da Câmara. Os personagens são esses, o enredo é que pode mudar. Apesar de todo esse jogo de cena, reina a paz política em Bento.
Como não vai reinar se temos, inclusive, dois Vereadores do MDB com apadrinhados políticos exercendo cargos de comissão na gestão Pasin? E se, entra Prefeito – sai Prefeito, temos sempre uma Câmara submissa, a não ser a intensa oposição do solitário Vereador Camerini? Na próxima coluna continuarei com a análise de Políticos, Politica e Eleições.