Os épicos filmes da idade média, que mostravam a competição de nobres em combates de lanças a cavalo, lutas de espada e outras batalhas, consegui reviver no sábado passado.
O Raquete me convidou para o Torneio de Famílias que seria realizado na Linha Eulália e fui ao espetáculo. Pareciam escoceses, cada clã usando seu tipo de vestimenta identificando a família a que pertenciam. Quase todos os nomes eram de origem italiana
Lá estavam nove famílias: Dal Ponte, Mejolaro, Gabardo, Bianchi, Garbin, Haefliger, Petroli, Giovanella e Carvalho. Cada família ostentava uma cor de camisa e estava o respectivo sobrenome. Só jogava sendo membro da família e todos suaram a camiseta.
Encontrei um senhor, dos Dal Ponte, descansando e escorado na parede próxima da churrasqueira e na conversa ele me falou ser parente dos Dal Ponte, fabricantes de bolas de Veranópolis, e que estava no time para preencher vaga.
Com setenta anos, um atleta.
Recordei meus tempos de aluno do Colégio Aparecida, quando os dois “líderes” do jogo, ou “donos da bola”, escolhiam seus times depois do par ou ímpar. Sempre fui o último a ser escolhido e o cara ainda dizia: “tu vai pra eles”. Eu deveria ser era muito ruim de bola.
Deu no que deu: desisti do futebol e até foi bom. Não era para mim.
No almoço na Eulália, quatro mesas eram só da família Haefliger e foram muito corteses em me ceder lugar. Me senti um membro da família e, graças a Deus, nem fui cogitado para o jogar futebol.
Só elogios para encontros de família como presencie na Linha Eulália e, o Luciano Dal Ponte, presidente do clube onde se realizou a disputa das “clãs”, me informou que em outros municípios, como Santa Tereza, também promovem campeonatos de famílias.
Neste domingo reuni o que resta de meu clã, filhos de Pedro e Blandina. Éramos só três: Genny, Nelson e eu. Juntando todos os Caleffi até dá para fazer um time de futebol que, certamente, não ganharia um campeonato porém, meus netos já estão treinando. No futuro, quem sabe, estaremos desfilando na Linha Eulália.
A conclusão é que família é tudo. Não importa o pretexto para se reunir pois conviver, recordar e dividir é tudo de bom.