Cursos de licenciatura, por que não?

Com número de ingressantes e formandos em queda nos cursos de licenciatura, o Brasil tem formado menos professores a cada ano. Apesar de entre 2010 e 2013 a vontade de trabalhar como professor tenha aumentado, algumas instituições procuram alternativas para atrair cada vez mais os jovens para a área. Como é o caso da Universiadade de Caxias do Sul (UCS) que possui o Programa Integrado de Licenciaturas.

A professora Luciana Somavilla é responsável pelo programa e garante que os baixos salários e a falta de valorização da profissão são fatores fundamentais que auxiliam para que cada vez menos os estudantes optem pela área. “Uma boa parte dos alunos formados nas licenciaturas não chega a trabalhar nas escolas ou quando chega não fica mais de 1 ou 2 anos na profissão. Este é um ponto fundamental que deve ser trabalhado nos cursos de licenciatura: a preparação dos professores para o que eles vão encontrar fora da Universidade”, observa Luciana.

O Programa da UCS surgiu a partir de uma ideia da Pró-Reitoria Acadêmica. “Começou como um desafio aos coordenadores de curso no sentido de dar sustentabilidade aos cursos de licenciaturas, e da Universidade dar um retorno às demandas que a região solicita. Uma das demandas é a formação de professores para atuar de forma diferenciada nas escolas de educação básica (fundamental e médio)”, comenta a professora.

Com o objetivo de incentivar os alunos, a Instituição oferece o Fórum das Licenciaturas no qual são discutidos os problemas apresentados pelos alunos e professores dentro da Universidade, assim como os problemas que os docentes trazem da comunidade onde atuam. “Todas estas iniciativas resultarão em professores melhor preparados para enfrentar as dificuldades e com isso uma maior valorização do profissional. Apesar de todas as mudanças de metodologias de ensino, a profissão e o papel do professor na formação do cidadão não irá acabar”, lembra.

A professora garante que só os programas que são feitos pelas instituções do Estado não são suficientes, pois é preciso mais para incentivar os jovens a quererem atuar nas escolas. “Valorizar o professor, como educador e cidadão é fundamental. É preciso começar desse ponto para que possamos ter êxito”, finaliza Luciana.

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