Desde 2019, quase 24 mil crianças foram adotadas no Brasil, segundo dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ao todo, foram 23.918 adoções, das quais 1.535 (aproximadamente 6,5%) ocorreram por casais homoafetivos.

O aumento das adoções por casais do mesmo sexo é notável. Em 2019, foram apenas 145 adoções, enquanto no ano passado esse número subiu para 416. Em 2024, já mais de 200 crianças e adolescentes encontraram um lar com casais homoafetivos.

Desde 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhece a união estável entre casais homoafetivos, e uma decisão de 2015 assegurou o direito à adoção para esses casais. O processo de adoção é igual ao dos casais heterossexuais e mães ou pais solos. Eles devem apresentar a documentação necessária, passar por entrevistas com psicólogos e assistentes sociais, e realizar visitas a abrigos, até que um juiz aprove a adoção.

Atualmente, cerca de 5 mil crianças e adolescentes ainda aguardam por adoção no Brasil, enquanto mais de 35.500 adultos estão registrados como pretendentes. Desses, cerca de 7% são casais homoafetivos, refletindo uma mudança gradual na aceitação social e nas possibilidades de formação familiar no país.