Dados do Ministério da Saúde mostram que 173 pessoas que haviam sido internadas com covid-19 tiveram alta do leito ou da Unidade de Tratamento Intensivo nas últimas 24 horas. É a primeira vez que pasta divulga número de pacientes recuperados da doença, causada pelo novo coronavírus. 

Os gestores do Ministério da Saúde disseram que pretendem passar a informar os números de pacientes recuperados em breve

O Brasil chegou a 667 mortes por covid-19, segundo atualização do Ministério da Saúde divulgada na terça-feira, 7 de abril.

Medicamentos para o tratamento

Os representantes do Ministério da Saúde anunciaram a publicação de um protocolo sobre os medicamentos e métodos de tratamento da covid-19. Segundo o secretário de Ciência e Tecnologia da pasta, Denizar Vianna, há nove ensaios clínicos ocorrendo neste momento, envolvendo 100 centros de pesquisa.

O ministro Mandetta acrescentou que a hidroxicloroquina pode ser adotada em casos de gravidade média e alta, ou até mesmo em outras situações, se for essa a decisão do médico. Mas que o ministério não recomendará o uso profilático (de quem não está em situação grave ou média) enquanto estão sendo avaliados problemas relacionados à aplicação dessa droga.

“A caneta está com o médico. Médico se responsabilizar individualmente, ninguém vai reter receita de ninguém.  Mas para que nós possamos assinar que Ministério da Saúde recomenda que se tome medida, precisamos de tempo para saber se isso pode se configurar numa coisa boa ou ter efeito colateral”, disse o ministro.

Segundo Denizar Vianna, como a hidroxicloroquina pode causar complicações, ela seria mais indicada em pacientes internados em unidades de saúde, onde há maior controle dos efeitos colaterais.

“O que nos preocupa é o potencial de gerar arritmias cardíacas. Esse medicamento pode produzir um prolongamento de uma das fases elétricas e criar ambiente para arritmia que pode ser fatal. Ela tem que ser muito bem acompanhada. Antes de fazer o medicamento, tem que fazer eletrocardiograma para documentar se isso vai acontecer. Daí a importância de acontecer tratamento no ambiente hospitalar”, ressaltou Vianna.

Fonte: Agência Brasil
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