A prefeitura de Cotiporã confirmou, na terça-feira, 18, a chegada dos recursos destinados à reconstrução da ponte que conecta o município a Bento Gonçalves. O montante de R$ 4,5 milhões foi disponibilizado pelo governo federal, para restaurar os pouco mais de 40 metros da via, severamente danificados pela forte cheia do Rio das Antas ocorrida em maio deste ano.
Desde o incidente, o acesso entre as duas cidades segue interrompido, causando transtornos significativos aos moradores e afetando a economia local, que depende do tráfego viário regular. Com a chegada dos recursos, a expectativa é de que as obras possam iniciar nas próximas semanas, conforme anunciado pelo prefeito de Cotiporã, Ivelton Zardo.
Intervenção urgente em tempos de calamidade
A urgência na reconstrução da ponte é destacada pelo prefeito Zardo, que ressalta a dispensa do processo licitatório devido ao estado de calamidade pública vigente no Rio Grande do Sul. Esta medida acelerará o início das obras, permitindo a recuperação rápida e necessária da infraestrutura viária afetada.
A nova estrutura, segundo informações prévias, seguirá os mesmos padrões da ponte original inaugurada em 1982, garantindo a continuidade e segurança no transporte entre Cotiporã e Bento Gonçalves. A previsão é de que a reconstrução contemple melhorias para suportar eventuais eventos climáticos extremos no futuro.
Impacto na Comunidade e Economia Local
A interrupção do acesso entre os municípios impactou diretamente o deslocamento diário dos cidadãos e o transporte de mercadorias, essencial para o comércio e desenvolvimento econômico da região. Com a restauração da ponte, espera-se a retomada da normalidade nas atividades cotidianas e um impulso na recuperação econômica pós-crises climáticas.
Com a ponte inutilizada, o acesso principal entre Cotiporã e Bento Gonçalves será desviado para a ERS-437, que conecta Vila Flores a Antônio Prado. Contudo, essa alternativa não vem sem desafios, uma vez que parte da estrada não é pavimentada e há restrições quanto ao peso das cargas que podem ser transportadas, o que pode impactar o tráfego e a logística de transporte na região.
Foto: Isaac Merlo / Reprodução