Escrevo nesse espaço há mais de 10 anos e nesse tempo todo venho analisando, informando e apontando caminhos para o Brasil na esfera econômica conseguindo, na grande maioria das vezes, acertar nas previsões como, em 2014, apontando que, em 2015, o Brasil teria um PIB negativo o que, verdadeiramente, se concretizou tanto, em 2015 como em 2016.
Nesse contexto, estou apontando que as contas públicas brasileiras estão cada vez piores e que, pela ideologia sempre aplicada pelo partido no governo federal atual, essa realidade se complicaria pois as diretrizes atuais não são de controle de gastos e, sim, de baixa preocupação com as despesas e busca incessante de aumento de arrecadação.
Essa realidade se materializou novamente agora em junho/24 quando o déficit nas contas públicas do governo federal bateu o maior recorde de toda a vida do Brasil: 1,10 Trilhões de Reais nos últimos 12 meses ( gráfico ).
O valor equivale a 9,92% do PIB (Produto Interno Bruto) e é recorde na série histórica iniciada em 1995 e, com certeza, esse número nunca tinha sido tão alto em toda nossa existência como país.
Sem o pagamento dos juros, o déficit (primário) também foi recorde de R$ 272 bilhões.
O governo atual não está encontrando soluções e, pior, está conseguindo aumentar o déficit mesmo considerando a época da pandemia quando todos os países do mundo tiveram que injetar muito dinheiro nas economias.
Isso gera pressão sobre os juros fazendo-os subir, ou pelo menos não oportunizando a redução da taxa SELIC, piorando as perspectivas para o crescimento de médio prazo para o país o que também leva a não melhoria da qualidade de vida da população.
Além de efeitos negativos dessa situação na esfera prática, o governo central vem apontando caminhos não muito sugestivos no caminho democrático quando diz que a situação na Venezuela está normal. O mundo sabe que a situação não está normal e que aquele país é uma ditadura mas a narrativa de plantão esconde a verdade e passa pano para Maduro e outros ditadores ao redor do mundo. Fica difícil assim.
O governo central deveria pensar muito mais no futuro de todo brasileiro do que em sua ideologia, controlar mais os gastos públicos e estar ao lado de países democráticos.
Mesmo assim, aposte em você e siga sempre buscando depender cada vez menos dos governos.
Pense nisso e sucesso.