Com o valor de R$ 14,20 a cada 100 kWh, a mais recente forma de calcular o preço final da conta de luz deve acabar até, no máximo, o quarto mês de 2022, segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque
No ano passado, o Brasil viveu a maior crise hídrica das últimas nove décadas. Com a pouca chuva sobre as hidrelétricas, foi necessário comprar energia do exterior e acionar as termelétricas do país. Para sanar os custos das intempéries, foi criada uma nova bandeira tarifária para calcular a conta de energia elétrica: a de escassez hídrica. Nesta semana, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirma que o custo da bandeira deve permanecer nas contas dos brasileiros até, no máximo, em meados de março ou abril.
Apesar de não ser possível prever exatamente o cenário hídrico de 2022, a expectativa é que seja melhor do que o vivenciado em 2021. Segundo o ministro, as condições do ano passado foram 8% melhores que em 2020.
O trabalho da pasta foi para que não houvesse racionamento e apagão, o que não aconteceu, como em outros países como Estados Unidos e China. Até abril, a expectativa é estar em condições bem melhores que as do último ano.
O que é a bandeira de escassez hídrica?
Criada em agosto de 2021, a bandeira de escassez hídrica é a nova forma de calcular o preço da conta de luz. Ela tem o valor de R$ 14,20 a cada 100 kWh (quilowatts-hora). Além disso, é 50% mais cara que a bandeira utilizada anteriormente e, no total, a conta de energia elétrica ficou cerca de 6,78% mais alta já a partir de setembro do ano passado.
Até agosto, vigorava a bandeira vermelha patamar dois. Nesse caso, para aqueles que consomem cerca de 100 kWh por mês, a tarifa de consumo médio ficava em torno de R$ 60 e acrescentava-se R$ 9,49, totalizando R$ 69,49.
A partir de setembro, com a tarifa média de consumo de R$ 60 para 100 kWh utilizados, mais o valor da bandeira, de R$ 14,20, a conta foi para R$ 74,20.
Foto: Suellen Krieger