Na semana passada, entre os dias 14 e 16, foi possível presenciar a quarta e última Superlua do ano de 2024. O fenômeno ocorre quando esses dois eventos coincidem: a Lua está em sua fase cheia e no ponto mais próximo da Terra. Essa combinação faz com que a Lua pareça maior e mais brilhante no céu, daí o nome “Superlua”. Parece que ela está bem mais perto do que o normal, mas na verdade é só uma ilusão de ótica por causa da posição dela.
Para celebrar este esplendor celestial, registramos imagens de todas as quatro Superluas de 2024, junto de curiosidades e mitologias acerca de cada uma delas.
Imagens: Augusto Arcari
Agosto – Lua do esturjão
A Lua Cheia, registrada em agosto, costuma ser intitulada como “Lua do Esturjão”, nome dado por povos nativos dos Estados Unidos. Fazendo referência à época de pesca de esturjões, o maior peixe de água doce da América do Norte. Neste ano, a fase de agosto também foi nomeada de “Lua Azul”, não pelo Satélite ter mudado sua coloração, a origem do termo não é bem conhecida, mas ocorre pelo menos desde o século XIV. A Superlua Azul de 2024 ocorreu na noite de segunda-feira, 19 de agosto, e foi visível em todo o Brasil, exceto em locais com chuva ou nebulosidade. A combinação de uma Superlua e uma Lua Azul é rara, e a próxima está prevista para acontecer em 2037.
A definição mais tradicional de Lua Azul é quando há quatro luas cheias em uma mesma estação, sendo a terceira lua cheia desse período. Em 2024, houve quatro luas cheias entre o solstício de inverno e o equinócio de primavera.
A Lua ainda com 100% de visibilidade, em 20 de agosto, e a Superlua 96% visível, na noite seguinte. Imagens registradas em Caxias do Sul
Setembro – Lua da colheita
A Lua Cheia de setembro, é a da Colheita, que ocorre mais próxima do equinócio de outono no hemisfério norte. O nome vem do fato de que, na época, os agricultores aproveitavam a luz prolongada da Lua para colher as plantações no anoitecer.
Além da Superlua, o fenômeno de setembro, também nos proporcionou um eclipse parcial. Na terça-feira, 17 de setembro, a Terra ficou entre o Sol e a Lua, formando um eclipse lunar parcialmente visível, que ocorre quando a Lua é “bloqueada” de receber a luz solar devido à sombra da Terra. O fenômeno iniciou às 23h12min. O auge foi às 23h44, e o fim ocorreu por volta das 0h15, já na madrugada de quarta-feira.
Segunda Superlua de 2024 pôde ser contemplada em 17 e 18 de setembro, imagens registradas em Bento e Caxias, respectivamente
Outubro – Lua do Caçador
Esta Lua Cheia é um marco para os povos do Norte Global. A sua importância está relacionada com a caça, que era mais fácil durante esta fase lunar, e com a preparação para o inverno. A luz da Lua costumava facilitar a caçada de animais, era considerado o período ideal para caça e estoque de carnes, visando os períodos mais frios do ano.
Em 2024, a Superlua de outubro foi a “maior” do ano, estando a 357.364 km de distância da Terra, criando a ilusão de ótica que causa a impressão de que ela está maior que o habitual. Pôde ser contemplada entre 16 e 18 de outubro.
Novembro – Lua do Castor
Por fim, a última Superlua do ano, pôde ser contemplada, com 100% de visibilidade, entre os dias 14 e 16 de novembro. Desta vez, a Lua esteve há 361.867 km de distância da terra, um pouco mais distante que a de outubro. A Lua Cheia de novembro, é a “Lua do Castor”, a nomeação foi dada por tribos de nativos estadunidenses, em homenagem aos castores, que se preparam para o inverno construindo represas e estocando comida nas suas tocas.
A próxima Superlua, está prevista para ocorrer apenas daqui há cerca de um ano, em 5 de novembro de 2025.