Uma comitiva brasileira será enviada à Israel para conhecer o spray nasal contra a covid-19, fabricado pelo Centro Médico Ichlov, em Tel Aviv. O insumo é a nova alternativa defendida pelo presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais para o combate ao novo coronavírus. Assim como a cloroquina e a ivermectina, o novo método não tem comprovação científica de sua eficácia no tratamento da doença.
Segundo Bolsonaro, o spray EXO-CD24, apresentou resultados animadores no tratamento de casos graves da doença. O presidente disse ainda que o Brasil deverá participar da próxima etapa de destes do produto. A primeira fase dos estudos já foi concluída.
Conforme o presidente, uma conversa com representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já foi iniciada para dar prosseguimento aos estudos no país. “Já conversamos com a Anvisa. Uma vez entrando a documentação de praxe, para o tratamento experimental, eu acredito que a Anvisa tem tudo para dar o sinal verde e começarmos também a testar no Brasil”, garante.
Primeiros dados do estudo mostram otimismo com o novo medicamento
De acordo com os resultados apresentados pelo centro médico israelense, dos 30 pacientes que utilizaram a substância, 29 obtiveram recuperação no período de três a cinco dias. “O medicamento combate a tempestade de citocinas, que se acredita ser responsável por muitas das mortes associadas à doença. Ele usa exossomos – pequenos sacos transportadores que transportam materiais entre as células – para entregar uma proteína chamada CD24 aos pulmões, que o grupo de estudo está pesquisando há décadas. Esta proteína ajuda a acalmar o sistema imunológico e conter a tempestade”, diz a publicação.
O texto explica que o medicamento é inalado uma vez por dia durante alguns minutos, durante cinco dias, sendo direcionado diretamente para os pulmões.