PORQUE É PRECISO RECONHECER

Sabem esse negócio de sair por aí de férias ou em feriadões? É pra quem pode, não pra quem quer. Fui descansar quando podia e, de forma com que a vida me oportunizou. Na volta, ajeitei tudo em minha volta, sou sagitariano, tudo organizado, pensou falou, se não falou é porque não pensou, e por aí vai. Dois dias depois de ter voltado ao trabalho e me familiarizado com as coisas de minha cidade, eis que entrei numa maratona, o Prefeito Diogo me convidou e fui com ele até a Assembleia Legislativa onde estava sendo criada a FRENTE PARLAMENTAR DO ENOTURISMO e, logo após, no Plenário, o Deputado Pasin faria palestra ou manifestação sobre O TURISMO COMO POTÊNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO RS. Depois, no retorno, prestígio para a oficialização do BOLSA ATLETA e, finalmente, participação na comemoração aos 20 ANOS DA AAPLASG (Associação dos Artistas Plásticas) de quem nós temos, aqui no Jornal e Rádio, mas de 25 trabalhos afixados. Maratona iniciada às 11:15 horas e concluída às 22:30 horas e, querem saber? Fiquei feliz da vida com o que ouvi e com o que observei, porém, com duas preocupações com o que fiquei sabendo.

A VIAGEM

Sem constrangimentos, na ida, fiz ao Prefeito algumas colocações, alguns questionamentos sutis, ouvi dele algumas ponderações. O Prefeito é um homem cordial, solícito. Educado como personalidade o comparo ao ex-Prefeito Milton Rosa, um dos ícones entre os Prefeitos que Bento já teve. Do ponto de vista de sua gestão, ele fez muitas coisas que eu não faria e está deixando de fazer algumas coisas que eu faria. Mas, como diz o ditado, “cada um sabe onde aperta o sapato”, é um contexto todo que o Prefeito leva em conta, é preciso estar lá dentro da “PREFA” para fazer um melhor juízo do valor. O Prefeito reconhece que Caxias virou uma grande metrópole, que pensa só nela, que tem grande número de lideranças de expressão que contribuem muito na discussão dos destinos do município, enquanto que Bento perdeu, ao longo do tempo, grandes lideranças e que há necessidade de formatarmos e agruparmos um maior bloco de lideranças em torno dos interesses comunitários. E que Farroupilha balança inclinada para Caxias e cuidando de si. Seria próprio então que Bento, Garibaldi, Carlos Barbosa, Pinto Bandeira, Monte Belo e Santa Teresa, formassem um bloco uníssono em torno de seus interesses. Aliás, na minha opinião, a julgar pelos votos que fez, PASIN já hasteou uma bandeira de liderança política de Bento na região. O que nos faltaria agora seria um maior incremento de reuniões e troca de ideias de lideranças empresariais e empreendedores. Vejam que, não faz muito tempo, numa reunião no Vale dos Vinhedos, alguns empresários de Barbosa, Garibaldi e Bento, em “petit comité”, chegaram a conclusão de que “NÃO TEMOS UM PROJETO TURÍSTICO”. PASIN, oportunamente, na Assembleia, cria a FRENTE em favor do Enoturismo e faz palestra sobre a importância da chamada “indústria sem chaminés”, que é o Turismo para o Estado. Foi tão abrangente o pronunciamento, praticamente um levantamento dos valores dos empreendimentos turísticos do estado, que pedi ao Deputado uma cópia na integra. Argumentei ao Prefeito que a Fenavinho teria que crescer um pouco mais. “Investi 600 mil reais na última e mais serviços”. “Temos que, juntos, poder público e lideranças, buscar recursos lá fora e isso está bem encaminhado. O Prefeito tem que estar na linha de frente”, disse o Prefeito, foi bom ouvir.
Em determinado momento falei “Prefeito como estão suas relações com a Presidência do CIC”? “As melhores possíveis”, respondeu e isso também me deixou muito satisfeito. Na volta o Prefeito colocou “a conversa em dia” com sua assessoria. Além de ter me chamado a atenção da forma cordial com que falava, a interlocução sempre terminava com um muito bom, obrigado, bom trabalho, bom dia. Neste, solicitou um reforço no sistema de monitoramento e segurança das creches e escolas municipais. Chegou a conversar com o Comandante Artur, da Brigada. Há, certamente, alguns outros aspectos que foram abordados e que não vão ficar neste meu registro a bordo da “nave” do Prefeito nem tão moderna, mas rápida talvez levando em conta de que “a distância de um ponto a outro é o tempo que se leva para percorrer”. Ah, outra constatação: a adoração e admiração que o Prefeito tem pela filhota Martina, de oito anos. “Ela me vigia”, disse Diogo. Isso me reportou a um motorista de táxi que utilizei. Perguntei, dentro da sua humildade, o que é que ele fazia no seu lazer. Ele me mostrou a foto dos filhos de 14 – 12 – 8 e 4 anos, e disse: “caminhar pelas montanhas, o que um homem sem recursos pode fazer? Eles adoram caminhar e fazer piquenique, e completou dizendo: este aqui (o guri de 4 anos) é o que manda lá em casa, é fundamentalista da Al-Qaeda” (risos). Acho que a Martina não fala italiano, se falasse quando o papai Prefeito chegasse em casa ouviria “qua comando mi”, e, quando o papai está fora de casa, ela monitora questionando “onde tu tá, com quem tu tá, o que tu tá fazendo”? Ei Martina me dá uma audiência? Está sendo assim na casa de todo mundo, as crianças estão tendo voz ativa, se quisermos formatar o amanhã temos que investir nelas. Presumo que daqui uns anos as crianças, ao nascer, não vão mais chorar, mas sim cantar, para os papais, vovós e padrinhos o refrão carnavalesco: “ei, você aí, me da um dinheiro aí! Não vai dar não, não vai dar não, você vai ver a grande confusão que eu vou fazer”.

NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Fazia em torno de 40 anos que eu não pisava na Assembleia Legislativa, eu vivia lá. Como Secretário de Governo na Gestão do Prefeito FIALHO, passávamos, com constância, gabinete por gabinete, pedindo apoio aos projetos e recursos para Bento. Isso por 4 anos. Como Presidente da ADJORI, Associação de Jornalistas, também fazia isso, como pedinte de verbas públicas para os jornais do interior. Houve até um episódio apavorante. Numa reunião de Prefeitos no primeiro piso da Assembleia, era época daquele movimento militar, estavam reunidos os Prefeitos do MDB, presente também o ex-Prefeito de Porto Alegre SERENO CHAISE, grande liderança. De repente, a Assembleia foi cercada pelo exército e Dops, com ordem de prisão para o SERENO. Foi um Deus nos acuda, aí é que eu descobri que nos fundos da Assembleia tem um caminho de fuga, foi por aí que ele desapareceu. Voltei ao local e isso me veio a mente enquanto eu aguardava pelo “cara-crachá”, bateram minha foto e não me pagaram cachê, fui cadastrado, deram o crachá, tentei pendurar no casaco, alguém gritou “ei você ai, não é ali, é aqui”, tinha que passar na catraca como nos metrô, “bá chê” vamo lá, fui” Lá estava o nosso Deputado falando na instituição da Frente Parlamentar do Enoturismo. Falou também a Márcia Ferronato em nome de quem trabalha no turismo e falou o Presidente da Assembleia este afirmando que “Pasin é o CARA”! Depois fomos ao plenário onde a sessão foi instalada e o Deputado Pasin fez um balanço, uma sinopse, do enoturismo e da potencialidade turística do estado. Não deixou fora nenhum município, nenhuma região, nenhuma potencialidade turística. No plenário, os Deputados que lá estavam, sapateavam prá lá e prá cá, não em desrespeito ao PASIN, a quem estavam ouvindo, mas para chamar a atenção da Galeria onde estavam lideranças políticas e empresariais que foram prestigiar PASIN. Vieram os apartes, muitos elogios, muitos pitacos, diante das colocações, no final ficou a minha constatação: apesar de ter apenas 2 meses de atuação Legislativa, PASIN se sobressai, está bem acima da média, está abraçando em seus gestos e projetos o estado todo o que prenuncia que está determinado a ser, sem dúvida, candidato ao Governo do Estado. Fiquei pensando também: como essa atuação abrangente vai ajudar Bento ou, como essa energia vai ser afunilada no interesse de Bento? Assaltamos o banco (Assembleia) com quanto Bento vai ficar na divisão do dinheiro (trabalho de PASIN)? OU, tudo vai ficar para o Projeto GOVERNO DO ESTADO? Meu avô diria que “PASIN LE FURBO”, presumo que vá saber o que fazer.

EPÍLOGO

Não tem espaço para eu falar da minha presença no BOLSA ATLETA e no evento da AAPLASG, fica para a próxima. Diante dos assassinatos brutais, do que está acontecendo nas escolas, diante do que constato em gestos, atitudes, no trânsito e fora dele, nas relações sociais, acho que a sociedade está doente. Minha tese de que cada família deveria ter um psicólogo constante, nem o SUS nem os PLANOS DE SAÚDE contemplam essa possibilidade, cada dia toma mais corpo. Seria um remédio preventivo. Não o tendo, vamos ao repressivo: mais polícia, mais brigada, mais promotores, mais juízes, mais cadeias. A segunda constatação: Bento, politicamente, está com os “nervos a flor da pele”.

FELIZ PÁSCOA!