AS DENÚNCIAS PÚBLICAS
Era para ser uma AUDIÊNCIA PÚBLICA, para debater os Projetos de Alteração do Plano Diretor, porém transformou-se numa audiência para um desfile de denuncias e insatisfações diante da ausência do bom senso, dos princípios de equidade, respeito e construção de um futuro progressista sim, mas saudável. O Salão da Sociedade 8 da Graciema foi pequeno para abrigas as pessoas, representantes de vários Distritos e, nos estacionamentos possíveis, não havia vagas assim como cadeiras suficientes no ambiente.
O VALE DOS VINHEDOS
O que temos por lá neste momento? Um rio poluído chamado Pedrinho. Uma rodovia sem acostamento por onde até tratores tem dificuldades de trafegar. Sistema de transporte coletivo deficitário. Falta de lixeiras adequadas nas margens da rodovia. Invasão Imobiliária com a complacência do Poder Público que parece querer transformar todo o interior em zona urbana. Uma comunidade dissociada, representada por Entidades que não agregam ideias, não debatem os problemas comunitários, apenas representam os interesses da uva e do vinho sob o ponto de vista da produção e comercialização. Com alguns produtores de uva não conseguindo vender sua uva para as cantinas do Vale, tem que vender para Flores da Cunha. Com filhos de viticultores se formando em Engenharia, Medicina, em cursos superiores, moldando seu futuro de forma paralela a produção de uva, embora morando no Vale. Com outros jovens brilhantes, cultos, se dedicando a sucessão de seus ascendentes com visão empreendedora. Com uma ação de comercialização veloz e com investimentos imobiliários não comprometidos (deveriam?) com o bem estar e anseios comunitários. Sobre este cenário descrito na AUDIÊNCIA PÚBLICA jogam-se emendas, por parte dos Vereadores, ao plano diretor, sem estudos técnicos necessários. Porque isso ocorre? Porque o Vale dos Vinhedos não está organizado, só se manifesta quando é provocado como nesta Audiência Pública, cada líder ocupa uma palavra, diz o que pensa, provoca unânimes aplausos mas, fica evidente que o Vale não está unido, tudo gravita em torno de interesses. Assim, não se viu a realização de uma Audiência Pública, mas uma Assembleia conduzida pela Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento e Bem-Estar Social da Câmara sem a flexibilidade necessária chegando a ponto de tolher, a pretexto de horário, a palavra de brilhantes e respeitáveis lideranças. Não somou pontos e respeito o Legislativo, muito menos confiança em torno da condução do processo das emendas ao Plano Diretor. Uníssonos foram os manifestos e a plateia, de cerca de 300 pessoas presentes, no sentido de que a votação de tais emendas sejam postergadas para permitir uma análise e estudos melhores e que levem a um entendimento pleno do que está sendo proposto. Mas, pergunta que deve se fazer: o brado de protesto e indignação, o clamor daquelas lideranças presentes na Audiência, que intimidou e apequenou a Câmara, quem vai liderar rumo a vigilância em torno dos destinos do distrito e do entendimento junto as lideranças políticas e investidores? Que se reúnam e decidam, em reuniões comunitárias das quais devem brotar o fortalecimento, uma sociedade organizada, consciente do que quer e como quer para o futuro. Sim porque não são os Vereadores que tem que definir o futuro do Vale mas sim o próprio vale.
SANTA HELENA
Na Audiência falaram até do Santa Helena onde foram feitos os loteamentos e muitos proprietários de terrenos até hoje não receberam as escrituras. E que estão surgindo novos loteamentos, e estão, daqui uns dias vamos ouvir falar não só do SANTA HELENA 1 a 4, mas também de loteamentos que atravessaram a Sertorina, entraram em Farroupilha em direção aos CAMINHOS DE CARAVAGGIO. O “pulmão verde” que beneficia as comunidades de Santa Helena, Santa Marta e até o Imigrante, que eu vinha defendendo, tête a tête, em direção a uma desapropriação em favor da qualidade de vida, já está sendo derrubado para, certamente, dar lugar a um loteamento, em detrimento da flora, fauna e ar puro. Cabe ao Legislativo, via Audiências Públicas, ou ao Vereador Biasi, que se criou e mora no Santa Helena, defender a outorga das escrituras a quem não as tem e, tarefa árdua, a fiscalização para que os bairros tenham a infra estrutura e qualidade de vida necessários. Estava eu lá, na santa paz e Deus, observando, incrédulo, o que estava acontecendo no VALE DOS VINHEDOS com a Audiência Pública, quando um cidadão, respeitável formador de opinião, chegou pra mim e disse, de forma veemente: “que decepção a manchete do Semanário HUMAITÁ VIVE EM HARMONIA”, tá uma bagunça por lá, é só ir entrevistar a minha mãe que ela vai falar como está o bairro, uma baderna”. Tem que fazer lá uma “audiência pública” ou os moradores tem que se organizar, instituir uma COMISSÃO PERMANENTE DE VIGILÊNCIA DO BAIRRO”, que venha ao jornal falar a respeito e vá ao prefeito reivindicar melhorias? A propósito de Vereadores, o HUMAITÁ não tem um Vereador que o represente? Se tem, vamos cobrar dele? Se não tem vamos se organizar e elegê-lo, respeitável senhora, mãe de um grande líder?
O FUTURO DA CIDADE
Pois antes de ir para a AUDIÊNCIA PÚBLICA no Vale, fui a uma reunião do BENTO+20, que é presidido pelo Economista Adelgides Stefenon. O objetivo era obter dos candidatos de Bento a cargos eletivos, o compromisso em torno das ações necessárias para que tenhamos uma cidade com seu futuro planejado. Todos assinaram um termo de compromisso de seguir as diretrizes do BENTO, se eleitos. O instrumento impresso se chama PAUTAS PRIORITÁRIAS ELEIÇÕES 2022, ele fala de INOVAÇÃO, EDUCAÇÃO, SAÚDE, SEGURANÇA, INDÚSTRIA, COMÉRCIO, SERVIÇOS, TURISMO E CULTURA, URBANISMO – MOBILIDADE URBANA e INFRAESTRUTURA, e por aí vai. Me chama a atenção de que muita coisa ali contida os Prefeitos deveriam ter feito ou estar fazendo. Então, na essência, o BENTO é uma ação que chama a autoria, a necessidade que temos de voltar os olhos para o planejamento e objetivos que devem ser perseguidos. Não basta hoje em dia, na transformação social que vivemos, fazer e dizer que fizemos, é preciso anunciar o que vamos fazer, como vamos fazer e porque vamos fazer, tudo seguindo as diretrizes de um pensamento bem elaborado, aceito e aplaudido. O BENTO+20 é uma AUDIÊNCIA PÚBLICA condensada no MASTER PLAN, ele é depositário de todas as ideias e pensamentos de construção de um Município planejado para o futuro. Há uma anomalia, como o Prefeito colocado como Presidente de Honra, mas o rico volume contendo o MASTER PLAN está sendo distribuído com Pasin, quando o Prefeito é DIOGO, não cai bem. O Presidente ADELGIDES vai carregar um “fardo” para conduzir o Projeto com o equilíbrio político pois ele já nasceu “torto” politicamente. É simples: ou o Prefeito elabora o plano da cidade do futuro contratando técnicos especialistas na sua elaboração, ou a comunidade elabora o plano e entrega para o prefeito dizendo: “Prefeito, aqui está a nossa colaboração para as gestões presente e futuro do Município, podemos conduzir o projeto juntos”. Na essência, a efetiva execução das ações necessárias ao futuro da cidade, dependem fundamentalmente, do prefeito, estamos caminhando em direção a cidade do futuro que ele quiser ter, assim não tem essa de Presidente de Honra, e sim um Presidente Executivo (Prefeito) das ações que o povo entende serem adequadas e politicamente corretas. Salvo melhor juízo, esta é minha opinião. ADELGIDES é a pessoa certa para o Prefeito conduzir o processo em consonância com o clamor das lideranças comunitárias, via CIC. Vale lembrar que quando GERMANO RIGOTTO foi eleito Governador, constituiu um Conselho de Administração composto de 21 membros escolhidos entre as mais expressivas lideranças empresariais do Estado, que, inclusive, bancaram o estudo. Elaborado o Projeto, foi apresentado ao Governador que não aceitou dizendo o seguinte: “eu não fui eleito para administrar o estado, mas sim para conduzi-lo politicamente”. A frase ficou histórica, o Conselho se desfez e, onde está hoje o politicamente correto ex-Governador? Estará o Prefeito DIOGO pensando como RIGOTTO?