A pandemia deixa lições sobre preparação para emergências sanitárias e a necessidade de cooperação internacional para enfrentar desafios globais
Cinco anos após o início da pandemia de COVID-19, os efeitos da crise sanitária ainda repercutem globalmente. Identificado em dezembro de 2019, o vírus SARS-CoV-2 se disseminou rapidamente, levando a lockdowns, restrições de viagens e campanhas de vacinação em larga escala. O impacto transcendeu a saúde pública, atingindo a economia e transformando o mercado de trabalho.
A recessão econômica foi uma das mais severas da história recente, resultando no fechamento de pequenas empresas e na reestruturação de grandes corporações. O modelo de trabalho remoto se consolidou, impulsionando a digitalização e modificando a dinâmica profissional em diversos setores.
Atualmente, apesar da queda nas taxas de infecção e mortalidade, novas variantes do vírus continuam surgindo, exigindo monitoramento constante. Os sistemas de saúde, que enfrentaram colapsos, ainda buscam recuperação, enquanto governos tentam equilibrar retomada econômica com a necessidade de prevenir futuras crises sanitárias.
Os primeiros meses de 2020 foram marcados por escassez de equipamentos de proteção, hospitais sobrecarregados e jornadas exaustivas para os profissionais de saúde. Estratégias governamentais para conter o avanço do vírus variaram em eficácia, influenciando diretamente o número de casos e mortes em diferentes países.
O desenvolvimento de vacinas em tempo recorde foi um marco da ciência, permitindo o controle da pandemia. No entanto, a distribuição desigual dos imunizantes evidenciou disparidades no acesso à saúde.
Vacinação
A nova estratégia de vacinação para a COVID-19 integra o Calendário Nacional de Vacinação para gestantes, idosos com 60 anos ou mais e crianças de seis meses a menores de cinco anos. Além disso, a vacina da Zalika Farmacêutica começou a ser ofertada no Programa Nacional de Imunizações (PNI).
A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é vacinar 90% dos grupos prioritários, para que seja possível prevenir complicações e óbitos entre bebês, crianças, idosos e gestantes. Para os grupos da vacinação especial, não há meta estipulada. O grupo especial é composto por pessoas vivendo em instituições de longa permanência, imunocomprometidos, indígenas, quilombolas, puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente, pessoas com comorbidades, pessoas privadas de liberdade, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e pessoas em situação de rua.
A coordenadora do setor de imunização de Bento Gonçalves, Luiza do Rosário, explica que, para garantir a eficácia contra novas variantes do SARS-CoV-2, serão mantidas orientações constantes à população sobre as atualizações dos imunizantes. Além disso, o Ministério da Saúde envia definições sobre qual vacina será destinada a cada grupo conforme as remessas recebidas. “Atualmente, a Pfizer Baby é destinada a crianças de seis meses a menores de cinco anos, a Serum/Zalika é aplicada em grupos especiais, imunocomprometidos, idosos e gestantes, e a Moderna Spikevax é utilizada para a população em geral com 12 anos ou mais que nunca foi vacinada”, esclarece.
Segundo informações da coordenadora, o município já aplicou um total de 252.255 doses, com o grupo dos idosos apresentando maior adesão. “Atualmente, não há campanhas ativas voltadas à vacinação contra a COVID-19, apenas orientações realizadas pelas equipes das unidades de saúde. Ações mais amplas são conduzidas somente quando o Ministério da Saúde determina campanhas e disponibiliza um maior número de doses”, finaliza Luiza.
A vacina será aplicada conforme o seguinte cronograma:
Idosos receberão duas doses com intervalo de seis meses entre elas;
Crianças contarão com três doses, com intervalo de quatro semanas entre a primeira e a segunda, e oito semanas entre a segunda e terceira;
Gestantes receberão uma dose por gestação, independentemente do período;
Também estão incluídos grupos especiais, que receberão uma dose anual, e imunocomprometidos, que terão direito a duas doses com intervalo de seis meses.
Locais de vacinação
As vacinas disponíveis são Pfizer Baby, Serum/Zalika e Moderna Spikevax.
Segundo Luiza, a vacinação infantil ocorre no Centro de Referência Materno Infantil (CRMI) às quartas-feiras. Para os demais grupos, a atualização vacinal é realizada de segunda a sexta-feira nas unidades Central, Licorsul, Zona Sul e São Roque.