*Por Roberto Meggiolaro
A cidade de Curitiba recentemente recebeu o prêmio de cidade mais inteligente do mundo, o que para muitos, inclusive para mim, é um fato surpreendente dadas as dificuldades estruturais (nem vou mencioná-las aqui) que enfrentamos e que conhecemos muito bem no Brasil.
Sem falar da importância/significado de um prêmio como este para uma cidade brasileira, creio que o exemplo da cidade de Curitiba demonstra que é possível melhorar a qualidade de vida em nossas cidades, bastando para isso a adoção de objetivos concretos, planejamento e ações conjuntas do poder público e da sociedade.
E isso, obviamente, requer muito trabalho. Curitiba, iniciou o seu planejamento há cerca de 30 anos e hoje colhe o resultado deste trabalho e reconhecimento de ser uma das cidades mais sustentáveis e inovadoras do mundo.
Dentre os inúmeros projetos desenvolvidos hoje Curitiba, cito alguns que julgo importantes:
Programa de incentivo as Startups, Escola de Inovação; Incentivo ao empreendedorismo; geração de energia limpa; inclusão digital; desburocratização; Recuperação de áreas degradadas; Ensino em tempo integral; Eletromobilidade, mobilidade urbana e ciclomobilidade; Programas de incentivo ao pensamento inovador; Programa de alimentação saudável para todos; Prontuário de saúde eletrônico integrado; Programas de sustentabilidade ambiental.
Olhando para este belo exemplo, tenho certeza que a nossa cidade está no caminho certo. O Masterplan de Bento Gonçalves contempla 90 diretrizes e mais de 400 ações direcionadas para o desenvolvimento de nossa cidade para os próximos vinte anos. Muitas destas ações já foram realizadas e outras tantas estão em fase de execução.
Além de todos esses objetivos específicos, de crucial relevância para a nossa cidade, há outro fundamentalmente importante a meu ver que é desenvolver em todos os bento-gonçalvenses um sentimento de responsabilidade social, de pertencimento e de amor pela nossa cidade.
De certa forma, é este espírito que temos que desenvolver. Criar o sentimento de que a mudança e o futuro de nossa cidade dependem de nossa participação, de nossa responsabilidade e do nosso interesse pelo coletivo.
Pensar no futuro de uma cidade, é muito mais do que planejar ruas e edificações. É pensar numa cidade que cuida de seus cidadãos, que cresce de forma ordenada e sustentável de modo a priorizar o bem-estar da comunidade.
Mas lembrem-se, as cidades são essencialmente humanas e quem as transforma são as pessoas que vivem nela. O Bento+20 está nesse caminho e pode contribuir muito para nosso futuro.
* Vice-presidente Bento+20, Advogado da MCR Advogados Associados