Somente em Bento Gonçalves há 27 casos em investigação e 67 notificações referentes a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypt

No fim da última semana, o Estado do Rio Grande do Sul anunciou que mais duas pessoas morreram por conta de complicações com a dengue. Ambos eram residentes de Novo Hamburgo. Com essa atualização da Secretaria Estadual da Saúde (SES), o número de óbitos pela doença, em 2022, chegou a 56 em todo o território gaúcho. Em relação a casos confirmados, o estado acumula mais de 43 mil incidentes com o mosquito Aedes aegypt.

Nos dois quesitos, tanto em óbitos quanto em casos, os números deste ano são os maiores já registrados na série histórica da dengue no RS. O ano de 2021 encerrou com 10 mil casos e 11 óbitos, enquanto em 2020 foram três mil casos e três óbitos. Antes desses, os únicos anos com óbitos por dengue no Estado foram em 2015 e 2016, com duas e uma morte respectivamente.

Entre as faixas etárias mais suscetíveis para óbito neste ano estão os idosos, que representam 79% do total das ocorrências. Entre os 56 que morreram pela doença, seis foram pessoas dos 60 aos 69 anos, 18 de idosos na faixa de 70 a 79 anos e 20 tinham 80 anos ou mais.

Casos em Bento Gonçalves

A SES disponibiliza para toda a população os dados em relação a dengue, divididos também por municípios do estado.  Em Bento Gonçalves já foram feitas 67 notificações quanto ao número de mosquitos e infecções. A cidade já teve seis casos confirmados, enquanto 27 ainda estão em investigação. Dentre os confirmados, um deles foi marcado como “autóctones”, o que significa que a picada e infeção com a doença ocorreu na mesma cidade em que a pessoa reside.

Atualmente, a condição da Capital Nacional do Vinho quanto ao mosquito é de “infestado”, segundo dados apresentados pela SES. O município não registrou óbitos referentes a complicações por conta da doença.

Dengue (explicação da SES)

• Doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico: enquanto a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, uma pequena parte progride para doença grave.

• Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém idosos e pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.

• Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (maior que 38°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele. Também podem acontecer erupções e coceira na pele.

• Os sinais de alarme são assim chamados por sinalizarem o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave e óbito. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.

Cidades com óbitos por dengue confirmados em 2022:

• Ametista do Sul : 1
• Boa Vista do Buricá: 2
• Cachoeira do Sul: 2
• Chapada: 1
• Condor : 1
• Cristal do Sul: 1
• Dois Irmãos: 1
• Erechim: 1
• Estância Velha: 1
• Horizontina: 5
• Igrejinha: 6
• Jaboticaba: 3
• Lajeado: 4
• Nova Candelária: 1
• Nova Hartz: 1
• Novo Hamburgo: 8
• Novo Machado: 1
• Parobé: 2
• Porto Alegre: 4
• Putinga: 1
• Rondinha: 3
• Santa Rosa: 1
• São Leopoldo: 3
• Sapucaia do Sul: 1
• Seberi: 1