Bento Gonçalves vivenciou recentemente uma confusão em relação aos números de mortes violentas registradas em 2024. Após a exclusão de um caso da lista de homicídios, o total de mortes violentas na cidade foi ajustado para 31. Contudo, essa cifra não durou muito: com a inclusão de um caso de aborto, o número voltou a ser 32.
A divergência surgiu após a Polícia Civil esclarecer que a morte de Marciane Vieira Pinto, de 46 anos, inicialmente considerada homicídio, foi reclassificada como natural com base em laudos periciais. Este caso, que ocorreu no dia 8 de agosto, não foi oficialmente comunicado à imprensa, gerando confusão nos números reportados.
Segundo o delegado Éderson Bilhan, titular da 1ª Delegacia de Polícia, a possibilidade de feminicídio em relação ao caso de Marciane ainda não foi completamente descartada, pois o inquérito aguarda mais perícias. Com a reclassificação, o total de homicídios ficou temporariamente em 31.
No entanto, na quarta-feira, 23, Bilhan informou que o número total de crimes violentos intencionais, que agora inclui um caso de aborto, foi ajustado para 32. O caso de aborto, em investigação pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), é contabilizado junto a homicídios, feminicídios, infanticídios e latrocínios. “Recentemente, tivemos uma situação de aborto que entra na contagem dos crimes violentos intencionais”, explica o delegado, ressaltando a importância da atualização contínua dos dados.
Não há detalhes sobre o caso de aborto que passa a ser investigado pelas autoridades.