O leitor pediu e eu fui conferir.
O trânsito de Bento estava um caos: mais carros do que ruas. Por telefone eu me comunicava com outras duas pessoas para saber se aquele jeitinho de escapar pelo Borgo estava mais disponível: -“Engarrafado!”, era a resposta.
E assim foi, das 17h45min até às 18h15min fiz apenas alguns quarteirões. Tudo era só três marchas: DEVAGAR, DEVAGARINHO e PARADO.
Pode parecer estranho alguém estar escrevendo sobre um problema que já existe há muito tempo e vem se agravando. Desculpo-me por trabalhar na periferia da cidade, por ir poucas vezes ao centro da cidade e por sempre ausentar-me do trabalho após às 18h30min, quando o trânsito já acalmou.
Não importa! Sou cidadão 24 horas por dia e desculpas não resolvem.
Fico imaginando o caos que será na próxima semana, quando iniciar o período letivo. Vai ser um sufoco.
Nossa Bento Gonçalves precisa de soluções de infraestrutura planejadas e executadas com ANTECEDÊNCIA para que o problema não se agrave. Já está ruim e, se nada for feito, imagine o quanto vai piorar.
Lembro que há cinco anos passados apresentei no CDL, no SINDIBENTO e entreguei para o Poder Público Municipal, um projeto, pago pela FETRANSUL, sobre mudanças significativas no trânsito da cidade transformando-a num sistema viário de mão única que na época certamente aliviaria o trânsito. Hoje pode ser que sirva em parte, pois a cidade já cresceu, e muito.
Não adianta pintar o cordão da calçada, manter as ruas limpas, arrumar as flores dos canteiros, pintar as faixas de segurança e os quebra-molas se o trânsito não fluir. O cidadão precisa ir e vir, todo dia e toda a hora.
Algumas cidades proíbem o trânsito de caminhões esquecendo que são estes que abastecem o comércio, bares e restaurantes. Outros só permitem o trânsito dos caminhões à noite, quando os estabelecimentos recebedores das cargas estão fechados e não querem abrir por falta de segurança. Outras cidades estabelecem o rodízio de placas: nos dias pares circulam as placas dos veículos pares e nos dias ímpares circulam as placas ímpares, só aumentando o número de carros nas famílias: dois ao invés de um. Tudo é PALEATIVO que demonstra a falta de infraestrutura implantada.
Infraestrutura não se começa e termina em apenas dois anos. Já estamos atrasados!