O Ministério da Saúde deve iniciar, em 10 de fevereiro, uma campanha nacional de vacinação contra o sarampo para crianças e jovens dos cinco aos 19 anos. No Rio Grande do Sul, 82 casos de sarampo foram confirmados desde agosto do ano passado, sendo que um em cada quatro casos registrados foi em pessoas nessa faixa etária.
A estratégia é destinada a quem não tomou nenhuma dose da vacina ou tenha recebido apenas uma, com esquema incompleto. A estimativa é que 245 mil crianças e jovens dessa idade não estejam protegidos contra a doença.
A ação do Ministério da Saúde é sequência das outras duas campanhas do ano passado, que tiveram como foco as crianças acima dos seis meses a menores de cinco anos (em outubro) e depois em adultos dos 20 aos 29 anos (em novembro). Essas continuam sendo as idades com maior número de casos confirmados.
Vacinar contra o sarampo é importante para evitar complicações como cegueira e infecções generalizadas que podem levar a óbito. O calendário básico de vacinação oferece duas vacinas contra o sarampo. A primeira é aos 12 meses, com a tríplice viral, que protege também contra a rubéola e a caxumba. A proteção precisa ser completada aos 15 meses com uma dose da tetraviral, que imuniza para as mesmas três doenças mais a varicela (ou catapora).
Além dessas duas doses, em virtude do surto da doença no Brasil, o Ministério da Saúde recomenda uma dose extra para as crianças entre os seis meses e 12 meses. Ela não substitui a primeira dose (aos 12 meses) e por isso é chamada de dose zero. As boas taxas de coberturas vacinais do Brasil haviam propiciado que o país conquistasse, em 2016, o certificado internacional de eliminação da doença.
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