A investigação contra os parlamentares Marlen Pelicioli (PPS), Marcos Barbosa (PRB), Adelino Cainelli e Vanderlei Santos (PP) deve ultrapassar a esfera judicial e também ocorrer na Câmara de Vereadores. O promotor Alécio Silveira Nogueira enviou os documentos com as acusações de improbidade contra os quatro acusados ao presidente do Legislativo, Valdecir Rubbo, ainda no mês de julho, para que seja analisada uma possível quebra de decoro parlamentar. O caso está sendo analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e o Departamento Jurídico da Câmara e pode resultar na criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as irregularidades.
De acordo com o promotor Alécio Nogueira, a Promotoria solicitou à juíza Romani Terezinha Bortolas Dalcin, titular da 3ª Vara Cível, autorização para enviar a petição inicial do processo para a Câmara de Vereadores, a fim de que os parlamentares tomassem conhecimento das irregularidades apuradas e analisassem a possibilidade de tomar alguma providência sobre o fato. Nogueira revela que os documentos contêm as informações apuradas pelo Ministério Público na fase inicial do processo e que resultaram no bloqueio parcial dos bens dos quatro vereadores que são réus na acusação. “São fatos importantes que ocorreram dentro do Legislativo, por isso solicitei à juíza o envio desta documentação, para que os vereadores soubessem o que estava acontecendo e entendessem a realidade dos fatos”, declara o representante do Ministério Público.
O presidente da Câmara de Vereadores, Valdecir Rubbo, confirmou o recebimento da documentação e disse que os primeiros encaminhamentos já foram efetuados. Segundo ele, seguindo o que determina o Regimento Interno, a documentação foi repassada para análise do Departamento Jurídico. Também foram comunicados do envio dos documentos por parte do Ministério Público os vereadores que integram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a Mesa Diretora. Dois parlamentares que estão entre os acusados integram estes setores da Câmara. Vanderlei Santos é o vice-presidente do Legislativo e Marlen Pelicioli integra a CCJ. Porém, segundo o presidente Rubbo, eles apenas foram comunicados do fato, não tendo qualquer influência na análise do
documento.
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