O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) anunciou que junho marca o fim do fenômeno El Niño e dá início às previsões para o La Niña, esperado para o próximo mês. As mudanças climáticas previstas estão gerando alerta entre os produtores brasileiros devido às possíveis alterações no regime de chuvas em diferentes regiões do país.
Segundo o Inmet, a terceira semana de junho será marcada por chuvas significativas nas regiões Norte, Nordeste e Sul do Brasil. As previsões indicam pancadas que podem superar os 60 milímetros nas regiões Norte e Nordeste, e até 70 mm no Sul. No Norte, os maiores acumulados devem se concentrar no noroeste do Amazonas, norte do Pará, Roraima e áreas do leste do Amapá, com volumes que podem ultrapassar os 60 mm. Nas demais áreas, os volumes esperados são inferiores a 40 mm.
Meteorologistas destacam que a transição para o La Niña, prevista para julho, poderá resultar em mudanças significativas no padrão de chuvas pelo país. No Sul, onde o El Niño causou um aumento exagerado das chuvas, espera-se uma diminuição desse excesso com o La Niña. Por outro lado, no Norte e Nordeste, as chuvas tendem a aumentar com a chegada desse fenômeno climático.
El Niño e La Niña: Impactos Regionais
O El Niño, caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico equatorial, provoca aumento acentuado das chuvas no Sul do Brasil e redução nas regiões Norte e Nordeste. Esse fenômeno ocorre em intervalos irregulares de cinco a sete anos, com duração média entre um e um ano e meio.
Por sua vez, o La Niña é marcado pelo resfriamento das águas do Pacífico e tem o efeito oposto: diminui as chuvas no Sul do Brasil e aumenta nas regiões Norte e Nordeste.