País vem conseguindo diminuir os números a partir da ampliação do diagnóstico e tratamento disponíveis no SUS, gratuitamente, para as duas doenças
O Ministério da Saúde divulgou, no último dia 1º, dados atuais sobre pessoas diagnosticadas com tuberculose e HIV (TB-HIV). Segundo o boletim “Panorama epidemiológico da coinfecção TB-HIV no Brasil 2019”, o Brasil reduziu em 8% o percentual de infecções.
De acordo com o boletim, em 2017, dos 74,8 mil novos casos de tuberculose registrados, 11,4% apresentaram resultado positivo também para o HIV, o que representa 8,5 mil pessoas infectadas pelas duas doenças (TB-HIV). Este é o menor percentual registrado desde 2014, quando 12,4% (8,8 mil) das pessoas identificadas com tuberculose também viviam com HIV.
Desde então, o país vem conseguindo diminuir a coinfecção a partir da ampliação do diagnóstico e tratamento disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), gratuitamente, para as duas doenças. Além disso, ao longo dos anos, o Ministério da Saúde tem ampliado o número de teste rápidos de HIV distribuídos aos estados. Em 2014, foram 6,4 milhões testes distribuídos e, em 2019, foram 13,8 milhões de testes, um aumento de 116%.
“O diagnóstico precoce e o tratamento antirretroviral regular têm um impacto significativo na sobrevida das pessoas diagnosticadas com tuberculose e coinfectadas com HIV”, destacou a coordenadora de Vigilância das Doenças de Transmissão Respiratória de Condições Crônicas do Ministério da Saúde, Denise Arakaki.
Entenda
As pessoas que vivem com o HIV têm 25 vezes mais chances de desenvolver tuberculose do que uma pessoa que não tem o vírus. Isso acontece devido à fragilidade do sistema imunológico, que é responsável por defender o organismo contra doenças e, assim, as pessoas com HIV ficam mais suscetíveis a desenvolver, ao mesmo tempo, a tuberculose – doença infectocontagiosa que afeta prioritariamente os pulmões.
Fonte: Ministério da Saúde
Foto: EBC